A Nescafé revelou que o seu Nescafé Plan 2030 formou 125 mil agricultores em práticas agrícolas regenerativas durante 2022. O programa permitiu que, no ano passado, 87% do café tenha sido de origem responsável e a maioria das fábricas já operou com café 100% de origem responsável.
Segundo explicado em comunicado, foram ainda plantadas 1,4 milhões de árvores dentro e ao redor dos terrenos onde o café é plantado, “proporcionando áreas de sombra para evitar a exposição excessiva do café ao sol, e representando ainda fontes adicionais de receita para os agricultores”.
Em 2022, a Nescafé também distribuiu 23 milhões de plântulas de café de alto rendimento, resistentes a doenças e à seca, para ajudar a rejuvenescer as parcelas de café, aumentar a produtividade e reduzir o uso de agroquímicos.
Os resultados baseiam-se numa avaliação de impacto conduzida pela Nescafé em parceria com a Rainforest Alliance, entre 2018 e 2022, a mais de sete mil produtores de café em 14 países de onde a marca obtém o seu café.
“O Relatório de Progresso do Nescafé Plan 2030 demonstra o potencial da agricultura regenerativa para ajudar a tornar a cultura do café mais sustentável a longo prazo. Estamos a apoiar os produtores de café a fazer esta transição e estamos a fornecer-lhes o know-how e as ferramentas de que necessitam para aumentar os seus rendimentos e as receitas, enquanto ajudamos a reduzir as emissões de carbono”, considera o diretor da Unidade de Negócios Estratégicos do Café da Nestlé, Philipp Navratil.
As alterações climáticas são a principal preocupação dos produtores de café nos 14 países avaliados pela Rainforest Alliance, seguidas dos elevados custos dos fatores de produção e os baixos preços das matérias-primas. A maioria dos agricultores afirma que as principais razões para o sucesso do plano são as compras consistentes e de grande volume, a assistência técnica regular prestada no terreno e o acesso aos mercados.
A iniciativa está a desenvolver protótipos de sistemas de apoio financeiro para ajudar os agricultores na transição para práticas mais sustentáveis. Os projetos-piloto envolveram cerca de três mil produtores de café na Costa do Marfim, Indonésia e México, países onde os agricultores ganham, em média, menos do que um rendimento de subsistência.
Estes projetos-piloto incluem o teste de incentivos monetários condicionais para recompensar a transição para uma agricultura regenerativa e o rejuvenescimento dos terrenos de café, bem como regimes de seguros contra as condições meteorológicas para proteger o rendimento dos agricultores contra os efeitos inesperados das alterações climáticas.