O Soalheiro apresentou um novo modelo personalizado de garrafa produzida em Portugal. Esta aposta permitiu reduzir as emissões de CO2 no transporte em 8,5 vezes, uma vez que, até agora, as garrafas vinham do centro da Europa.
Para os irmãos António Luís e Maria João Cerdeira “a qualidade e consistência dos nossos vinhos sempre foram consequência de princípios que não queremos alterar, mas que precisamos de reinventar para não se perderem”.
Para que tal mudança fosse possível, a primeira marca de Alvarinho de Melgaço investiu num modelo personalizado e de design ecoeficiente, que além de colocar Portugal como fornecedor prioritário, permitiu uma redução de 19% das emissões de CO2 no seu fabrico.
“A nova garrafa foi concebida para se guardar mais facilmente no frigorífico e numa prateleira, a pensar nas casas de família, restaurantes e garrafeiras. Tem uma marisa dupla que facilita um corte preciso e elegante da cápsula, a pensar não só nos sommeliers, mas também a pensar nos recém-apaixonados pelo vinho. Por último, optamos por gravar Soalheiro no vidro, um pequeno detalhe que terão de procurar com atenção, uma espécie de assinatura de toda a equipa, de todos os viticultores que ajudaram a escrever a nossa história e cujo esforço queremos ver reconhecido em cada uma das nossas novas garrafas”, lê-se em comunicado.
As caixas do Soalheiro foram também personalizadas, consumindo agora menos 39% de cartão em cada embalagem e representando uma redução da pegada no transporte. De acordo com a marca, o cartão passou a ser oriundo de florestas geridas de modo responsável (certificado FSC) e a funcionalidade da caixa veio realçar uma das caraterísticas que o enólogo António Luís Cerdeira mais aprecia nos vinhos.
“Enquanto desenvolvíamos o protótipo da nova caixa com uma empresa portuguesa, decidimos que a caixa deveria passar a contemplar essas duas possibilidades: depois de aberta, pode ser guardada em pé, por quem pretende beber o vinho ainda jovem, ou deitada, posição ideal para que o vinho possa evoluir em garrafa da melhor maneira possível”, explica o enólogo.
Estes projetos foram desenvolvidos pelo Núcleo de Investigação do Soalheiro, que surgiu após a adega ter recebido, em 2019, uma certificação IDI (Investigação, Desenvolvimento e Inovação). Já antes a empresa tinha certificação ambiental de toda a atividade e, desde 2006, certificação biológica de todas as vinhas da quinta.
“A certificação biológica das vinhas permitiu um aumento da biodiversidade nas parcelas e o desenvolvimento de vinhos que já são icónicos para o Soalheiro, como o Nature ou o Terramatter”, explica Maria João Cerdeira. A responsável pelas vinhas e infusões do Soalheiro adianta que “a certificação ambiental é reflexo do desenvolvimento de uma consciência coletiva na empresa” que, em 2020, permitiu uma redução de 10% nos resíduos de cartão e plástico.
“Pensar na eficiência ambiental tem-nos permitido reinventar a empresa, reforçando valores centrais para o Soalheiro como a consistência e a qualidade”, conclui Maria João Cerdeira.
Já em abril deste ano, o Soalheiro tinha dado a conhecer uma parceria com a fundação The Porto Protocol, cuja missão está centrada na mitigação das alterações climáticas, para o desenvolvimento de uma cobertura vegetal na modernização da adega, que além de um melhor enquadramento paisagístico, trará uma poupança energética estimada de 26% ao ano.