Reciclagem

Cascais vai recolher biorresíduos em sacos óticos em todo o concelho

O município de Cascais vai expandir a recolha de biorresíduos em sacos óticos a todo o concelho. O plano vem no seguimento da obrigatoriedade da recolha dos resíduos orgânicos a partir de 31 de dezembro de 2023, no território português. Nesse sentido, Cascais pretende, nessa data, ter todos os agregados do concelho cobertos por este sistema de recolha.

Segundo explicado em comunicado, os munícipes recebem em casa um contentor de 7 litros, um rolo de sacos verdes e informação sobre o que são os biorresíduos.  Depois de os restos de comida (entre outros biorressíduos) serem depositados no saco verde, estes sacos devem ser colocados no mesmo contentor do lixo comum.

Os sacos verdes são recolhidos pelos habituais camiões da Cascais Ambiente em simultâneo com os sacos pretos e levados para a Tratolixo onde, no futuro, através de um separador ótico na central de triagem e tratamento, os biorresíduos serão separados e reaproveitados para a produção de energia.

“A recolha de biorresíduos em sacos óticos provou ser uma forma eficaz de separação e valorização dos restos de comida, com um baixo impacto financeiro nas operações de recolha,” afirma Luís Almeida Capão, presidente do Conselho de Administração da Cascais Ambiente, empresa responsável pela gestão de resíduos no concelho.

“Em Cascais, o sistema está a ser testado, desde 2018, num circuito hoje com cinco mil famílias, com custos reduzidos para a operação, através da otimização das rotas de recolha já existentes.”

Esta expansão insere-se também na estratégia de gestão dos resíduos urbanos em Cascais pensada para alcançar a meta de preparação para reutilização e reciclagem de 60% em 2030. Ao fluxo de biorresíduos recolhido em co-coleção, a Cascais Ambiente quer juntar em breve outros materiais como os têxteis e os têxteis sanitários.

Luís Almeida Capão refere como vantagens deste sistema de recolha a poupança significativa tanto financeira como ambiental uma vez que este sistema mantém os circuitos de recolha dos resíduos indiferenciados, utilizando os mesmos camiões em circulação e os mesmos recursos humanos.

“Sem contentores especiais, nem camiões dedicados para esta recolha, as emissões de Gases de Efeito Estufa não crescem, não aumenta a contentorização na rua, nem as necessidades de lavagem, o que representa uma real poupança de água”, destaca o município.

Na zona-piloto verificou-se um aumento da taxa de reciclagem (incluindo papel, plástico, vidro e biorresíduos) que passou de 12 para 40%.

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