Os supermercados franceses, desde o primeiro dia deste ano, deixaram de poder vender frutas e verduras em embalagens de plástico. França tornou-se assim pioneira, na Europa, ao adotar este medida, sendo o foco o combate aos resíduos gerados pela atividade retalhista, procurando-se novos padrões de sustentabilidade desta atividade.
Espanha prepara-se também para implementar o mesmo sistema, sendo que a publicação InfoRetail, explica que a medida, ao ser posta em prática no país vizinho, afetará não só supermercados como todos os negócios de retalho (tanto lojas de bairro e supermercados) a partir de 2023. Estabelecida no Decreto Real sobre embalagens e resíduos do Ministério da Transição Ecológica, a lei também conterá medidas para impulsionar a comercialização de água a granel e não engarrafada.
Tal como em França, a proibição não afetará os alimentos que, pelas suas características, correm o risco de se deteriorar quando vendidos a granel, cuja lista será elaborada pela Agência Espanhola de Segurança Alimentar e Nutricional (Aesan). A proibição, tal como em França, aplicar-se-á a lotes de frutas e vegetais com peso inferior a 1,5 quilos.
“O uso excessivo de embalagens, principalmente aquelas feitas de materiais não biodegradáveis, já era um problema premente, sobre o qual várias ONGs ambientais já haviam alertado. Alguns, como o Greenpeace com sua campanha ‘Naked the fruit’, pressionam os retalhistas há anos para que parem de laminar sua variedade de produtos frescos”, lembra a referida publicação do país vizinho.