Mobilidade

Iniciativa de cidadãos quer tornar Berlim na maior zona sem carros do Mundo

Uma iniciativa de cidadãos em Berlim está a dar que falar ao querer fazer da capital germânica a maior zona livre de carros do mundo.

Apelidada de ‘VOLKSENTSCHEID BERLIN AUTOFREI‘ (Decisão Popular para Berlim Livre de Automóveis), esta iniciativa começou a ganhar forma em 2019, antes da pandemia, quando três amigos se juntaram para propor uma área sem carros de 88km2.

Com várias exceções, sobretudo para veículos  de emergência e situações previamente estabelecidas, o projeto visa, para além dos óbvios benefícios ambientais, oferecer aos moradores de Berlim maior conforto, socialização e segurança, isto quando a Alemanha exibe um dos maiores números de veículos por pessoa: 574 por 1.000 habitantes .

Com a ajuda de advogados, que prestaram os seus serviços gratuitamente, o grupo elaborou um projeto de lei composto por diversas etapas, mas que tem na sua génese a promoção do transporte público e mobilidade suave. Assim a proposta defende que este novo regulamento fornecerá o impulso necessário para expandir as linhas de transporte público e melhorar as conexões entre os subúrbios e a área de S-Bahn.

Porém, para lá destes benefícios, há também uma componente economia. Estimando que a implementação pudesse custar diretamente ao município 5 milhões de euros, para despesas administrativas, investimento para controlar os perímetros da zona livre de carros e outros custos adicionais no orçamento nacional. seriam poupados cerca de 425 milhões de euros em custos, custos esses derivados do transporte privado (acidentes, engarrafamentos, emissões poluentes.

Em que pé está o projeto?

Em abril de 2021, a VBA começou a coligir assinaturas dos moradores de Berlim, conseguindo mais de 50.000, quando 20.000 teriam sido suficientes, isto com o objetivo claro de apresentar esta petição ao governo local, que votará a favor ou contra este texto este mês.

Se for rejeitada pelo governo local, precisarão de um total de 175 mil assinaturas para que a proposta vá às urnas em 2023 e os cidadãos decidam se deve ou não se tornar lei.

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