A cadeia de valor no mercado nacional de logística mostra que “não existem players suficientes” vocacionados para as necessidades atuais do e-commerce português, o que o torna “pouco competitivo”. Esta é a análise de Vera Maia, mentora da plataforma “Tudo sobre eCommerce”, que admite que as empresas portuguesas se encontram “em franca transformação digital”, desde a “desmaterialização de processos, ao investimento em tecnologia, abertura de lojas online e marcas direct to consumer”, e o setor retalhista, sintonizado com o formato de venda em omnicanal, “já integra claramente – e bem, em muitos casos – produtos, processos e pessoas entre o online e offline”.
Esta análise surge em contexto de arranque organizativo da conferência “Tudo sobre eCommerce 2020”, cuja 3.ª edição se realiza a 18 de abril, no Auditório da Ordem dos Contabilistas Certificados, no Porto. O evento procurará ir ao encontro de um dos maiores anseios dos marketers e demais técnicos da área: como otimizar a conversão em e-commerce.
Se a logística portuguesa orientada para o comércio eletrónico carece de mais operadores e concorrência, em quantidade e qualidade – ao ponto de “mais de 95% das empresas com as quais a consultora Tudo Sobre eCommerce trabalha optarem por desenvolver a sua logística internamente”, para Vera Maia, o caso muda de figura no setor dos transportes luso.
“A oferta é bastante elevada, tanto em transportadoras que operam em solo nacional como internacional, terrestre e aéreo, e os valores são cada vez mais competitivos. Comparando com o Brasil e a América Latina, temos muita facilidade de integração com as transportadoras e, ainda, uma oferta bastante variada”, argumenta a especialista no domínio do e-commerce.