O chamado carbono negro e outros impactos ambientais foram as razões que levaram a Mediterranean Shipping Company (MSC) a reafirmar o seu compromisso de evitar as rotas de carga via ártico.
Face ao recente debate público sobre rotas comerciais alternativas ao Canal do Suez, após o incidente do ‘Ever Given’, a empresa, em comunicado publicado no seu site, reitera que vão evitar considerar a rota do Mar do Norte, incluindo as passagens nordeste e noroeste.
“A MSC não tentará aproveitar o derretimento do gelo do Ártico para encontrar uma nova rota para o transporte comercial, e considera esta uma posição que toda a indústria naval deve adotar”, comentou o CEO da MSC, Soren Toft.
“A Rota do Mar do Norte não é uma solução rápida para os desafios atuais do mercado, nem uma estratégia viável a longo prazo”, acrescentou.
A MSC afirma que a expansão do transporte marítimo ártico poderia aumentar as emissões do chamado carbono negro – partículas físicas de carbono não queimadas que podem instalar-se em terra ou gelo, bem como comprometer a qualidade do ar e acelerar a diminuição do gelo marinho do Ártico.
Além disso, a empresa considera que “riscos como incidentes de navegação, derrames de combustível, qualidade do ar e alteração do equilíbrio/biodiversidade ecológica do habitat marinho também superam quaisquer oportunidades comerciais”.
O primeiro compromisso da MSC sobre a questão da rota do ártico remonta a 2019.