Um estudo concluiu que o uso de serviços de ride-sharing, como a Uber e a Lyft, levou a que existisse uma quebra de quase 9% no uso de transportes públicos nos Estados Unidos da América (EUA). Para além disso, não teve quase nenhum efeito na posse de carros particulares, noticia a revista Nature.
Os investigadores também afirmam que os engarrafamentos se tornaram maiores (+ 4,5%) e ligeiramente mais intensos (+ 0,9%) em cidades com este tipo de serviços disponível.
Apesar disso, o estudo nota que serviços de ride-sharing bem organizados tem o potencial de melhorar a mobilidade. No entanto, considera que a pandemia da covid-19 vai dificultar o objetivo de alcançar transportes urbanos sustentáveis.
A Uber e a Lyft começaram a operar nos EUA em 2010 e 2012, respetivamente. Ambas as empresas promovem o seu método de viagem como uma maneira sustentável de aumentar a mobilidade urbana. O estudo teve como objetivo quantificar os efeitos dos serviços, tendo sido analisados dados de transporte do país inteiro. A pesquisa é apoiada pela Fundação de Pesquisa Nacional de Singapura, no âmbito do programa CREATE, pelo Singapore–MIT Alliance for Research and Technology (SMART) Centre e pelo Future Urban Mobility Interdisciplinary Research Group.