Corredor Logístico do Sudoeste Ibérico

Corredor Logístico do Sudoeste Ibérico “condenado ao sucesso”

Corredor Logístico do Sudoeste Ibérico "condenado ao sucesso"

As autoridades portuárias de Lisboa, Sines e Setúbal e a Plataforma Logística del Suroeste Europeo (PLSWE) estiveram esta quarta-feira (17 de junho) reunidas no auditório da Estação Marítima da Rocha Conde d’Óbidos, em Lisboa, na Conferência de Desenvolvimento do Corredor Logístico do Sudoeste Ibérico.

Durante a iniciativa foi apresentado o Acordo Quadro de Cooperação assinado entre os portos de Lisboa, Sines e Setúbal e a Plataforma Logística del Suroeste Europeo e estiveram em debate questões como as vantagens competitivas dos portos nacionais envolvidos no acordo, a aliança “Portos–Plataforma” enquanto ferramenta de desenvolvimento da atividade logística no Hinterland e as oportunidades que esta colaboração pode representar no desenvolvimento de negócios para operadores logísticos e de transporte, agências de navegação e transitários portugueses e espanhóis.

A conferência contou com intervenções de Marina Ferreira, presidente do Porto de Lisboa, Vítor Caldeirinha, presidente do Porto de Setúbal, João Franco, presidente do Porto de Sines, e Juan Romero, Diretor-geral da PLSWE.

Sobre a aliança estratégica firmada entre a Plataforma Logística del Suroeste Europeo e os portos portugueses em abril deste ano, Marina Ferreira, presidente do Porto de Lisboa, revelou que foi “um conceito ao qual aderimos com motivação, porque é importante para nós. Esta está, sem dúvida, condenada a ser uma parceria de sucesso.”

Quanto às metas esperadas, a presidente do Porto de Lisboa explica que quer que o porto da capital se posicione como “um dos motores do desenvolvimento da cidade e do país. Queremos ser um fator que induz eficiência, redução de custos e competitividade. Com este projeto o objetivo é atingirmos um hinterland de 250 km.”

Marina Ferreira explicou também que o objetivo é que, através da plataforma logística de Badajoz, os três portos portugueses “possam vir a colocar com facilidade mercadorias em toda a Espanha”.

A presidente do Porto de Lisboa referiu que este corredor logístico está inserido no projeto da rede transeuropeia de transportes que tem uma linha ferroviária dedicada, ligando Lisboa, Sines, Badajoz, Caia e Madrid.

Vítor Caldeirinha, presidente do Porto de Setúbal, explicou, por sua vez, que “estes três portos nacionais (Lisboa, Sines e Setúbal) são ofertas impressionantes que podem beneficiar os espanhóis, nomeadamente em aumento de escala e reduzindo os custos.”

O objetivo da aliança é estabelecer linhas de cooperação entre as quatro entidades, potenciando Sines, Setúbal e Lisboa como nós multimodais de entrada e saída por via marítima dos produtos importados e produzidos na Plataforma Logística de Badajoz, assim como a utilização desta infraestrutura extremenha como porto seco destinado à distribuição de mercadorias provenientes dos três portos portugueses. João Franco, presidente do Porto de Sines, considerou que a Extremadura é, aliás, “um parceiro fundamental, nomeadamente porque queremos chegar a Madrid, um dos principais mercados consumidores da Península Ibérica.”

Aliança pretende dar impulso económico

A parceria firmada pretende ainda focar-se em seis pontos estratégicos: a promoção de soluções logísticas intermodais integrais para o crescimento sustentável a médio prazo do transporte no corredor Sines /Setúbal/ Lisboa – Badajoz – Madrid – Europa; a promoção conjunta das vantagens dos portos de Sines, Setúbal e Lisboa e da Plataforma Logística do Sudoeste Europeu para estimular o estabelecimento de novos operadores logísticos e industriais; a expansão do ‘hinterland’ dos portos portugueses para facilitar a entrada e saída por via marítima das mercadorias importadas e produzidas; potenciar a Plataforma Logística do Sudoeste Europeu como Porto Seco para a distribuição das mercadorias procedentes e com destino aos portos portugueses; e otimização da gestão do transporte internacional de mercadorias reduzindo custos e emissões de CO2, oferecendo cobertura a todas as necessidades logísticas dos clientes.

A futura conexão ferroviária Sines – Lisboa – Setúbal – Badajoz inclui melhorias nas condições de operação, permitirá uma redução de 137 km face ao traçado anterior e implica um investimento total de 220 milhões de euros que incluem a introdução de novos sistemas de sinalização, telecomunicações e controlo de velocidade.

A finalização está prevista ainda para este ano, mas como indicaram todos os responsáveis presentes, está ainda dependente da construção da linha ferroviária entre Évora e Elvas – Caia, que está pendente, mas que deverá estar operacional em 2020.

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