O Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) apresentou esta quarta-feira (2 de janeiro) um novo pré-aviso de greve à prestação de trabalho nos portos nacionais a partir das 8 horas do dia 16 de janeiro e até às 8 horas do dia 1 de julho.
O sindicato diz que em causa está o facto de “até ao momento, após a assinatura do acordo relativo ao porto de Setúbal, não se encontram minimamente satisfeitas as garantias de resolução expedita dos problemas assinalados nos restantes portos nacionais, especialmente no porto do Caniçal, garantias essas que faziam parte integrante desse acordo”.
De acordo com o SEAL, “enquanto aguardamos a satisfação dos compromissos assumidos no momento da assinatura do acordo relativo ao porto de Setúbal – especialmente no que respeita aos portos de Leixões e de Lisboa, onde existem desenvolvimentos positivos alcançados pela mediação – verificamos que não se encontram minimamente satisfeitas as garantias de resolução dos problemas assinalados nos restantes portos nacionais, especialmente no porto do Caniçal, as quais faziam parte integrante desse acordo, o que nos obriga à declaração de novo pré-aviso de greve, o qual inclui medidas relativas a questões laborais no porto de Praia da Vitória”.
O pré-aviso de greve emitido diz que a greve incluirá todos os trabalhadores portuários efetivos, assim como os que possuem vínculo de duração limitada.
O SEAL diz ainda que a paralisação nos vários portos nacionais “consubstancia-se na abstenção de todo e qualquer trabalho, em qualquer porto, durante as primeiras 72 horas após a entrada na respetiva área de jurisdição portuária de todo e qualquer navio que tenha operado no porto do Caniçal com recurso a qualquer mecânico, eletricista ou outro trabalhador estranho à profissão”.
Recorde-se que os estivadores iniciaram a 13 de agosto de 2018 uma greve ao trabalho suplementar em todos os portos nacionais, greve que afetou sobretudo as infraestruturas portuárias de Lisboa, Setúbal e Figueira da Foz.