O Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL) avançou na segunda-feira, dia 20 de janeiro, com um pré-aviso de greve dos estivadores nos portos de Setúbal e Lisboa, para a empresa de estiva Sadoport, detida a 100% pelo grupo turco Yilport.
A paralisação decorrerá de 3 de fevereiro e terminará a 17 do mesmo mês, incluindo o trabalho extraordinário aos dias úteis, aos sábados, domingos e feriados. Assim sendo, no Porto de Setúbal, apenas será cumprido, nos dias úteis, o primeiro turno – das 8 horas às 17 – entre 3 e 9 de Fevereiro e o segundo – das 17 horas e a à 1 – nos dias seguintes.
Este cenário terá naturalmente mais impacto na situação financeira dos trabalhadores eventuais que formam o seu rendimento mensal através da angariação de turnos efetuados no Porto de Setúbal e o decorrer de uma nova greve irá meter em causa a estabilidade financeira e consequentemente o bem-estar e a qualidade de vida, pessoal e familiar, mínima admissível de todos esses trabalhadores.
Face a esta paralisação, o S.E.P. 265 (Sindicato dos Estivadores Portuários de Setúbal – STPSET) anunciou, através de comunicado, que “o pré-aviso de greve anunciado pelo Sindicato SEAL (…) não irá ter adesão de 100% por parte dos trabalhadores”, acrescentando que “o Sindicato S.E.P. 265 tomou conhecimento por fonte segura de que cerca de 70% dos trabalhadores portuários não vão aderir à
“Em causa (da não adesão por parte dos mesmos) está a pouca afluência de trabalho existente atualmente no Porto de Setúbal, consequente da última paralisação do mesmo, geradora de perdas de acordos contratuais com as empresas de transporte, exportação e importação de mercadorias por via marítima”, acrescentam.
Segundo a entidade, a realização da greve teria mais impacto na situação financeira dos trabalhadores que realizam os turnos, pois colocaria em causa a sua estabilidade financeira, reforçando que a força sindical “está com os trabalhadores de Setúbal”.