O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) conta com um investimento de 967 milhões em mobilidade sustentável, destinados à melhoria dos transportes coletivos. Neste ‘Olhar o PRR’, rubrica da Mobilidade by Sustentável, analisamos o progresso da Linha Rubi (H) do Metro do Porto.
Esta nova linha irá conectar a Casa da Música, no Porto, a Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia. Dessa maneira, irá fechar o anel Sul da rede do Metro, conectando as linhas Azul, Vermelha, Verde, Violeta e Laranja à Linha Amarela. Estão previstos mais 6,3 quilómetros de rede, incluindo oito novas estações: Casa da Música, Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda, Devesas, Soares dos Reis e Santo Ovídio.
A linha prevê ainda uma interface com a Linha do Norte da CP nas Devesas e uma interface com os futuros comboios de Alta Velocidade em Santo Ovídio. Além disso, a expansão implica a construção de dois túneis e uma nova ponte sobre o Rio Douro, de nome Ferrerinha, entre a zona de Massarelos/Campo Alegre e a Arrábida. A nova ponte será a travessia em betão com o vão mais comprido da Europa, num total de 430 metros.
O concurso para a construção recebeu propostas de dois consórcios, um formado pela Alberto Couto Alves, FCC e Contratas y Ventas, e o outro pela Casais, Conduril, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro e Somafel, tendo ambas excedido o preço base. O processo encontra-se agora em análise.
A ligação entre a Casa da Música e Santo Ovídio terá um custo total de 435 milhões de euros, dos quais 299 milhões garantidos pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o valor inicialmente previsto.
O Metro do Porto ambiciona arrancar com os trabalhos ainda este ano, de forma que a nova linha Rubi entre em funcionamento em 2026. A expetativa é de chegar a 12 milhões de novos passageiros e evitar a emissão de 12 mil toneladas de dióxido de carbono durante o primeiro ano de operação. Os benefícios sociais, económicos e ambientais estão quantificados em 1,7 mil milhões de euros.
PRR: Linha Rubi (Caixa)
Financiamento: 435 milhões de euros (299 pelo PRR)
Valor já transferido: 43,5 milhões de euros
Novas estações: Casa da Música, Campo Alegre, Arrábida, Candal, Rotunda, Devesas, Soares dos Reis e Santo Ovídio
Benefícios esperados:
1,7 mil milhões de euros.
12 milhões de novos passageiros
12 mil toneladas de dióxido de carbono evitados