Os portos nacionais registaram nos primeiros dois meses de 2016 a “melhor marca de sempre” no volume de carga movimentada, que ascendeu aos 13,6 milhões de toneladas no conjunto das diversas formas de acondicionamento. Segundo os números divulgados esta semana pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), trata-se de um crescimento de 1,4% face a igual período de 2015, que terá sido impulsionado “pelos acréscimos que ocorreram nos mercados de carga contentorizada (+19,1%) e do carvão no Porto de Sines (+38,3%)”.
O Porto de Sines, em particular, registou no conjunto das cargas um crescimento de 6,1% nos primeiros dois meses deste ano. De acordo com a AMT, “durante o período janeiro-fevereiro, os portos de Viana do Castelo e Leixões registaram variações de +51,8% e +2,7%, respetivamente, o que contribuiu para a variação global observada.”
Nos restantes portos nacionais, o volume de carga movimentada sofreu uma diminuição face a 2015, com menos 12 pontos percentuais nos portos de Figueira da Foz e Lisboa, menos dois nos portos de Aveiro e Setúbal e menos 60 pontos percentuais no porto de Faro.
Em termos de tonelagem de carga movimentada, o porto de Sines mantém a posição cimeira representando cerca de 51,5% do total dos portos do país, seguido do porto de Leixões (20,6%), Lisboa (11,2%) e Setúbal (8,5%).
“No que respeita ao mercado de contentores, verificou-se uma redução, a nível global, de -1,7% TEU movimentados, resultante das variações positivas observadas nos portos de Leixões (+6,7%) e Sines (+4%) e das variações negativas que se registaram nos portos de Figueira da Foz (-22%), Lisboa (-20,1%) e Setúbal (-28,9%)”, indicam ainda os dados.
De acordo com a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), nos dois primeiros meses deste ano, o movimento de contentores do porto de Sines registou o valor mais elevado “de sempre” , cerca de 199 mil TEU.
“Entre os meses de janeiro-fevereiro de 2016 foram registadas 1611 escalas de navios das diversas tipologias, menos quatro escalas (-0,2%) do que no período homólogo, correspondentes a uma arqueação bruta (GT) de 27,5 milhões. A melhor marca desde sempre, determinada pelo comportamento de Douro, Leixões e Sines, que corresponde a um acréscimo de 5,7% face a 2015”, acrescenta a AMT.
No que respeita ao mercado de cargas movimentadas, destaque para os Granéis Sólidos, que cresceram 10,7% face ao período homólogo. O mercado dos Produtos Agrícolas, por sua vez, registou um aumento de 31,3% no período em análise e o mercado de Carga Geral cresceu 3,3%.