14º Congresso da Logística

14º Congresso APLOG: “Novos paradigmas logísticos”

14º Congresso APLOG: "Novos paradigmas logísticos"

Do Brasil, Paulo Fernando Fleury, do Instituto de Logística e Supply Chain, apresentou no primeiro dia do Congresso da Logística (dia 12 de outubro) uma análise sobre as preocupações ambientais levantadas por uma matriz de utilização de transportes que valoriza a rodovia. Com a agravante de que a média da frota quase chega aos 19 anos e os camiões estão equipados, quanto muito, com motores Euro 1. 

Com a alteração da matriz de transportes brasileiros, valorizando a cabotagem, por exemplo, o Brasil poderia melhorar em muito a sua performance ambiental. Mas nem tudo é negro: Fleury apresentou um estudo conduzido pela associação que mostra como as maiores empresas brasileiras revelam um elevado grau de consciencialização com as suas responsabilidades ambientais.

José Manuel Viegas, professor catedrático do IST – Instituto Superior Técnico, fez um levantamento das tendências já visíveis em termos de paradigmas logísticas. Elegeu como linhas mestras a sofisticação crescente, por exemplo com o aumento do B2B e B2C, da etiquetagem electrónica e da automação. A pressão crescente sobre as marcas para assumirem as suas responsabilidade ambientais e sociais, com a adoção de boas práticas de contratação. A gestão permanente de riscos (climáticos, políticos ou económicos), que afetam as operações logísticas que se processam a uma escala cada vez mais global. Outra tendência é o investimento das empresas na relação direta (ainda que informática) com o consumidor e a crescente complexidade da logística e distribuição urbana.

Nos transportes assiste-se à pressão por parte de alguns carregadores para a disponibilização do serviço ferroviário, mas, ainda, com uma resposta insuficiente. Ultrapassada a barreira da bitola, e a passagem dos Pirenéus, o que poderá acontecer em 2015, os desafios para Portugal são garantir a passagem de comboios de mercadorias à noite, mas também durante o dia, sendo necessária a produção de horários, e mudar a cultura organizacional dos carregadores, para que cumpram escrupulosamente os horários existentes. Como bem lembrou José Manuel Viegas, três anos não é muito tempo…     

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