67% das pequenas e médias empresas (PME) e das microempresas (PMI) portuguesas do sector dos transportes e serviços prevêem realizar investimentos, prioritariamente, em marketing e publicidade (45%), material de transporte (32%) e máquinas e material de produção (31%). Quando se fala de objectivos, estas empresas pretendem, essencialmente, modernizar equipamentos (27%), crescer (14%) ou ambas as coisas (26%). Estas são as conclusões do Barómetro Eurofactor 2008 da gestão de cientes das empresas europeias.
«A intenção de investimento traduz a confiança de um sector que aposta, com prudência, em modernização, qualificação e eficiência; factores fundamentais para o desenvolvimento do negócio», comenta Rui Esteves, Director-geral da Eurofactor Portugal.
Continua este estudo com a indicação que a carteira de clientes das inquiridas é maioritariamente nacional (90%) e liderada por empresas privadas (83%), sendo que apenas 8% são da zona Euro e 2% do resto do mundo, com os clientes do sector público a representarem 15% do total e os particulares 3%.
A expectativa de 73% das PME-PMI do sector dos transportes e serviços é de aumento do volume de negócios, sendo que para 25% este indicador está estável e para apenas 3% em trajectória descendente. Quanto à rentabilidade, 61% espera que ocorra uma melhoria, 33% prevê estabilidade e 5% considera estar em degradação.
Os serviços de factoring têm interesse para 48% das empresas pela informação da solvabilidade dos clientes, 45% pela garantia contra o risco de dívidas, 38% pela cobrança, 32% pelo financiamento dos créditos comerciais e 28% pela gestão da contabilidade de clientes.
«Considerando o contexto económico actual, o factoring surge, cada vez mais, como uma ferramenta financeira que contribui não só para a solvabilidade, mas também para o aumento de confiança das empresas, patente na manifesta intenção de investimento», acrescenta Rui Esteves.
Apesar de algumas reservas, das empresas inquiridas 81% responderam que têm uma confiança relativa, 5% estão muito confiantes e 14% pouco confiantes.
Quanto à conquista de partes de mercado, esta é uma hipótese que é equacionada por 49% das empresas, sendo que 37% esperam fazê-lo no mercado nacional, 10% no europeu e 2% no resto do mundo.
Quanto a preocupações, o sector vê-se a braços com a concorrência dos países emergentes (32%) e a evolução de diversos factores: preço da energia (17%), taxas de juro a curto prazo (9%), fiscalidade e regulamentação laboral (8%) e taxas de câmbio (2%).
As maiores oportunidades para a expansão estão junto dos novos membros da UE (42%), sendo a Índia, o que país que menor interesse suscita (3%).
Os países da Europa Central (19%), outros países (37%), China (6%) e América Latina (5%), completam a lista de potencialidades.
As ameaças surgem para o sector junto de países como a China (43%), países novos membros da UE (30%), países da Europa central (15%), outros países (13%), Sudeste da Ásia (10%), América Latina (5%) e Índia (4%).