“O setor dos transportes em Portugal é mais uma vez visado pela negativa e não pela promoção de regras que melhorem a sua competitividade”, acusa o dirigente da Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM).
“A ANTRAM manifestará a sua posição, quer à proposta de revisão do livro branco quer a esta [de tributação do CO2], em que no essencial a política de transportes vai no mesmo sentido – pressionar o modo rodoviário, retirar-lhe flexibilidade e robustez de meios para, à sua custa, promover outros modos”, lamenta.
Abel Marques defende também algumas medidas que serviriam os desígnios da CE:
“Centralizar os recursos da União num fundo dedicado ao transporte”; “criar uma agência de transporte rodoviário para promover e facilitar este setor”; “promover a internalização dos custos de todos os modos, garantindo que todos paguem apenas os custos relativos às suas próprias externalidades e uso de infraestrutura, e que as receitas sejam usadas para efetivamente reduzir as externalidades e melhorar a infraestrutura”; “promover a co-modalidade e não a mudança forçada de mercadoria entre modos”; “dar prioridade a incentivos em vez de sanções”, “estabelecer como objetivo a concretização do mercado interno de todos os modos, a criação de uma única área de cumprimento das leis e da promoção da formação”; “apoiar o alvo ambicioso de reduzir a mortalidade e os sérios danos pessoais em 40% até 2020”.