“É necessário que Portugal pertença às autoestradas marítimas com portos altamente competitivos à escala europeia e com uma operação moderna”, referiu. O responsável fez uma crítica à atual fatura portuária referindo que “os custos da operação nos portos portugueses são iguais aos do resto da Europa sendo, contudo, deficitários a nível de condições e serviços”.
Vítor Coelho indicou que o aumento das oportunidades no setor por via marítima só será possível mexendo na atual legislação laboral dos portos nacionais e flexibilizando a atividade portuária. “Atualmente só o porto de Sines trabalha 24 horas sobre 24 horas, quando isso já é prática corrente em outros portos de menor dimensão de outros países”, referiu, acrescento que a melhoria das infra estruturas portuárias e a concorrência real intra Portos, evitando a concertação, são também fatores muito importantes.
No que respeita ao transporte ferroviário, Vítor Coelho alertou para a privatização da CP Carga e da possibilidade de gerar monopólio “como tem acontecido com os portos” e sublinhou a importância da criação de dois grandes eixos (Aveiro e Sines) com bitola europeia para o desenvolvimento verdadeiro dos transportes de carga.
De salientar que a Portucel Soporcel tem uma operação logística à escala global representando cerca de 59% das vendas de papel e pasta de papel da União Europeia aos Estados Unidos, e cerca de 55% das vendas de papel e pasta da União Europeia para África.
O 14° Congresso da APLOG decorre entre hoje e amanhã (12 e 13 de outubro) no Centro de Congressos de Lisboa.