A Associação Rodoviária de Transportadores de Pesados de Passageiros (ARP) apresentou uma queixa à Autoridade da Concorrência relacionada com o subsídio à renovação de frota das empresas de autocarros.
O problema está nos 4 milhões de euros que são atribuídos todos os anos pelo Estado para que as empresas concessionárias de carreiras renovem as frotas, o que equivale a 50 mil euros por autocarro, e que na realidade, segundo a associação, está a ser mal aplicado, com o dinheiro a ser também utilizado em autocarros topo de gama, que depois efectuam pouco ou nenhum serviço para o qual receberam ajudas monetárias.
Na opinião da ARP são possíveis apenas duas soluções: as ajudas serem levadas à letra, devendo ser apenas aplicadas no transporte público colectivo; ou a liberalização do subsídio para a renovação de frotas e eficiência energética. Esta última hipótese levaria até, segundo a associação, à redução das emissões de CO2, fazendo com que Portugal esteja em melhor posição para o cumprimento dos acordos de Quioto.
Rui Pinto Lopes, presidente da ARP, alerta para o facto de «muitas das transportadoras com acesso a estas ajudas estarem a aplicar os subsídios não em autocarros de carreiras, mas em veículos para serviços não regulares, prejudicando assim os associados da ARP e desvirtuando por completo as regras de mercado».