Empresas de transporte em rutura financeira

Empresas de transporte em rutura financeira

Várias empresas públicas de transportes estiveram recentemente na Secretaria de Estado do Tesouro onde pediram financiamento para evitar uma eminente rutura financeira, noticiou o Jornal de Negócios.

Com o recente fecho do mercado financeiro e banca portuguesa a incentivos exteriores, devido sobretudo à descredibilização económica do país, um empréstimo proveniente do Tesouro do Estado passou a ser a única solução para evitar a bancarrota de companhias como a CP, Refer, Metropolitano de Lisboa e, eventualmente, a Carris, os STCP ou Metro do Porto.

Nesse sentido, as empresas sugeriram ao Governo que antecipasse também o pagamento das indemnizações compensatórias anuais (correspondem ao pagamento proveniente do Orçamento do Estado para pagar o serviço público).

Segundo o jornal i, o financiamento necessário para o setor dos transportes é na ordem dos quatro mil milhões de euros até ao final do ano, um valor próximo ao da emissão do Tesouro da República.

O mesmo órgão de comunicação aponta a Rede Ferroviária Nacional – Refer como um dos casos mais gravosos. Com necessidades de financiamento superiores a mil milhões de euros, a Refer pode não conseguir pagar até maio os créditos contraídos, o que deverá resultar em incumprimento na falha de pagamento de fundos a credores e, em última instância, em cessar com os pagamentos aos seus trabalhadores.

O Jornal de Negócios avança também com um valor de dívida de 750 milhões de euros por parte dos Comboios de Portugal – CP.

A eminente rutura foi originada pelo insuficiente Cash Flow gerado que não acompanha os custos operacionais comportados pelas companhias. O endividamento terá sido a solução encontrada para manter a atividade das empresas, o que as levou a entrar numa espiral negativa de rendimento, devido também ao desempenho económico do país.

A Carris, ainda assim, tem fundos para manter a atividade normal até ao verão, depois será necessária mais liquidez.

As conversações com as entidades estatais permanecem.

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