A Zetes divulgou esta terça-feira, dia 29 de junho, o seu mais recente relatório relativo ao verdadeiro teste de stress a que a cadeia de abastecimento tem sido sujeito fruto da pandemia mundial de Covid-19.
Neste sentido, neste estudo defende-se que a melhor forma de lidar com a pressão e incerteza provocadas pelo novo coronavírus será aumentar a eficiência de todos os processos.
Segundo os dados apresentados, durante o confinamento em 2020, 65% das vendas foram efetuadas online, em comparação com 34% antes da crise, mas há outros dados que mostram a necessidade de uma cadeia eficiente. É que 78% dos clientes ponderariam não voltar a utilizar um retalhista se uma entrega falhasse ou chegasse atrasada três vezes, sendo que, na altura do estudo, 62% dos retalhistas não têm acesso a dados inteligentes em tempo real.
Assim, a Zetes define as principais transformações sentida, lembrando o que é definido como as “exigências incessantes dos clientes”, num momento em que seis em cada dez consumidores diz que irá continuar a comprar online no futuro. “Para se manterem competitivos, os retalhistas estão sob pressão para oferecerem entregas rápidas e atualizações em tempo real. No entanto, num mercado de comércio eletrónico em rápido crescimento, as taxas de primeira tentativa de entrega falhada podem chegar aos 20%”, defende-se.
Num segundo ponto, apelidado ‘Consequências financeiras, para a marca e ambientais’, defende-se que será necessário assegurar estes dois vetores. “O retalhista ou motorista terá, provavelmente, de suportar o custo das entregas falhadas (cerca de 15 euros por entrega) e a fidelização dos clientes também fica comprometida. São geradas 420.000 toneladas de CO2 pelos veículos de entrega exclusivamente para efetuar novas tentativas de entrega”, explica-se.
Por fim, defende um conjunto de ‘soluções para cadeia de abastecimento’, definindo-se este ponto como: “Da primeira à última milha, todos os pontos de contacto na cadeia de abastecimento representam uma oportunidade para otimizar a entrega. Os líderes de mercado alcançam uma execução sem falhas ao ganharem o controlo através de tecnologia dimensionável que melhora a capacidade humana e partilha dados. Tal inclui a automação, tecnologia de picking por voz baseada na visão e multimodal, soluções de prova de entrega eletrónica (ePOD, electronic Proof Of Delivery) de próxima geração, análise preditiva e gestão proativa de alertas”.
Tiago Conceição, especialista em soluções de transporte na Zetes, comenta desta forma estes pontos: “As cadeias de abastecimento modernas são complexas e multi-níveis. À medida que o volume das parcelas e as exigências dos clientes aumentam, a mitigação das entregas falhadas é crucial para um futuro sustentável. A pandemia está a criar oportunidades de comércio eletrónico a longo prazo, mas apenas para os retalhistas que priorizam o investimento tecnológico na visibilidade e no controlo da cadeia de abastecimento.”