Alcibíades Paulo Guedes, da APLOG, moderou a mesa redonda sobre Operações Logísticas do Futuro, onde participaram a DHL Supply Chain Iberia, a Rangel e a Fiege.
José Costa Faria, da DHL Supply Chain Iberia, considerou que face à crise que se atravessa o outsourcing ganha relevância e se «até agora foi táctico, o susto da crise pode transformá-lo em estratégico». Defendeu que a inovação tecnológica vai fazer com que se cumpra a promessa da cadeia de abastecimento orientada para o cliente final.
É requerido aos operadores logísticos mais eficiência e planeamento, adaptação a novos enquadramentos legais e de segurança na cadeia de abastecimento. E, cada vez mais, capacidade de dar resposta a clientes que requerem serviços diferentes dos de 3PL – Third Party Logistics, com maior exigência em termos de relação e integração. De acordo com o conceito de LLP – Lead Logistics Provider, o serviço prestado não é necessariamente uma solução logística mas uma de negócio que implica a logística.
Nuno Ramalho, da Rangel, afirmou sentir a grande pressão de preço imposta pelo cenário da crise e defendeu que as TI vão ter um papel fundamental nas operações de futuro. Exemplificou com casos práticos de ILMS – Integrated Logistics Management System desenvolvidos pela Rangel, um conceito que nasceu em 2002 nos EUA e que pressupõe a subcontratação de serviços logísticos orientados para a eliminação de redundâncias e aplicação de boas práticas a nível da gestão, com forte enfoque nos sistemas de informação integrados, flexibilidade e capacidade de resposta. Um dos casos práticos apresentados versou a logística de aeroportos e outro a FGWO ? Finish Goods Warehouse Optimization, na logística industrial.
Jorge Franco, da Fiege, avançou com os requisitos para uma relação de sucesso entre operador logístico e cliente, alicerçada na transparência e honestidade, resiliência, flexibilidade, capacidade de medir resultados e coragem para avaliar regularmente as relações, a fim de introduzir as melhorias necessárias. Apresentou depois alguns serviços concretos, desenvolvidos pela Fiege na Alemanha, nomeadamente o prestado à Eurocopter, empresa que pertence à Airbus, e a um centro hospitalar em Ahlen.