Logitrans 2013: Polónia: Ponto de desembarque para as empresas portuguesas

Logitrans 2013: Polónia: Ponto de desembarque para as empresas portuguesas

Tendo a Jerónimo Martins como referência, a Polónia é quase um mercado natural para as empresas portuguesas que querem internacionalizar-se. É um mercado grande e em crescimento e um ponto de entrada no Leste da Europa. Das 120 empresas portuguesas que já lá estão, três partilharam a sua experiência e confirmaram o que muitos empresários suspeitam: a Polónia é um mercado a não perder.

Para o produtor alentejano de uvas Vale da Rosa, Portugal ainda é o principal mercado mas a aposta é a exportação, para vários países europeus mas também para Angola e mesmo a China. “É preciso sair e identificar em cada mercado os melhores parceiros. No nosso caso, ao vendermos um produto premium não podemos optar por um distribuidor low cost”, explica o Diretor Comercial, Francisco Fragoso. Na Polónia, a entrada foi facilitada pela relação comercial com a Jerónimo Martins, e o olhar está já posto na Rússia, um mercado “natural”. Ainda assim, Francisco Fragoso aconselha: “É preciso avançar com calma e ter os pés assentes no chão. Nós começamos sempre com pequenos volumes e vamos aumentando”.

Há pouco mais de um ano na Polónia, a BA Vidro tem duas fábricas que abastecem os mercados polaco e ucraniano. A empresa planeia duplicar a produção no próximo ano e tem os olhos postos nos mercados limítrofes. “Compramos empresas locais e integramo-las, mantendo o controlo de gestão”, avança Luís Cardoso, Diretor de Logística.

A Moja Farmácia entrou na Polónia com a criação de uma empresa própria e considera com interesse a expansão para mercados como a Ucrânia, mas para já o enfoque é consolidar a operação. Miguel Raposo, acionista da empresa, mostra-se satisfeito com a situação logística existente, similar à portuguesa, e deixa alguns conselhos a quem quer apostar no país: “É fundamental estudar muito bem o mercado polaco. A vontade e a audácia não são suficientes. O mercado é grande, muito aliciante e está em crescimento mas há grandes perigos. A língua é uma enorme barreira, a burocracia é grande e as pessoas são fechadas, o que dificulta os primeiros contatos. É preciso um bom estudo de mercado, um bom advogado e energia financeira para implementar o plano de expansão”.

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