O processo de venda da empresa de assistência em terra à Urbanos fica, assim, à espera da resposta de Bruxelas, e que poderá mesmo levar a Groundforce a não receber a licença a que é candidata nos aeroportos de Lisboa e Porto, e encerrar a atividade, avança o Diário Económico.
Em causa está uma operação realizada no final de janeiro, descrita no último relatório e contas da Grounforce, que permitiu limpar o passivo, retirando os capitais próprios da empresa do vermelho. Às “prestações acessórias, concedidas pela TAP, para cobertura de prejuízos, conforme deliberado em assembleia-geral”, no valor de 119,3 milhões de euros, há a acrescentar uma verba de 3,9 milhões de euros em dinheiro.
Sem a venda à Urbanos, a Groundforce continuará impedida de receber as licenças de operação em Lisboa e no Porto, cujo concurso decorre no Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC). Regularizar a situação dos capitais próprios era, a par da venda da maioria do capital, uma das condições para que a Groundforce pudesse concorrer às licenças de handling que lhe permitirão operar nestes aeroportos. A atribuição das licenças deve acontecer até 5 de junho.