Novo ministro expressa ideias para as obras públicas e transportes

Álvaro Santos Pereira novo ministro da Economia e Emprego, que passa a ter a tutela das obras públicas, já expressou a defesa das mesmas como ajuda à competitividade das exportações.

De facto, interrogou se “será com mais autoestradas que o vamos fazer? Com TGV para passageiros? Com novos aeroportos internacionais?”, para logo responder que: “claro que não. Estes projetos podem ter muita visibilidade mediática e bastante apelo político, mas em nada, ou quase nada, contribuem para que possamos exportar os nossos bens e serviços a mais baixo custo”, segundo avançou o Jornal de negócios.

Os únicos projetos que o poderiam fazer “são a construção da ligação ferroviária com a Europa em bitola europeia, e, possivelmente, uma melhoria das capacidades logísticas dos nossos portos de Sines, Figueira da Foz e Matosinhos”, acrescentou.

“As restantes grandes obras públicas deviam ser, no mínimo, suspensas e adiadas até que a situação financeira do País permita fazê-las”, chegando mesmo a chamar ao TGV “um erro tremendo”. Para Santos Pereira,”a ligação ferroviária à Europa em bitola europeia devia ser um dos projetos nacionais mais prementes, pois permitir-nos-ia escoar os nossos produtos para os mercados europeus a mais baixo custo”. A solução seria optar por linhas de comboio mistas: bitola europeia e ibérica 

No que às parcerias público-privadas diz respeito, acrescenta que “uma renegociação das condições e dos prazos das parcerias público-privadas faz igualmente todo o sentido”. E uma vez que estas representam a dívida pública futura, defende que “uma renegociação das PPP é altamente recomendável”, para que haja uma diminuição das contrapartidas do Estado aos privados, bem como uma extensão dos prazos de pagamento. Fala, mesmo, em reduzir as rendas anuais com PPP de 2,5 mil milhões de euros a partir de 2013 para 1,5 ou mil milhões de euros.  

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