Este desempenho permitiu ao país sair oficialmente da recessão, que durava há dez trimestres consecutivos. O crescimento da economia portuguesa entre julho e setembro, compara com a progressão de 0,1% do conjunto dos países da zona euro, segundo dados hoje anunciados pelo Eurostat.
Em termos homólogos a economia portuguesa continuou a destruir riqueza: o PIB contraiu 1% no terceiro trimestre face a igual período do ano passado.”A procura interna apresentou um contributo menos negativo para a variação homóloga do PIB, devido sobretudo à diminuição menos acentuada das Despesas de Consumo Final das Famílias Residentes. Em sentido oposto, o contributo da procura externa líquida diminuiu, refletindo principalmente a aceleração das Importações de Bens e Serviços”, refere o INE, na nota publicada.
Os últimos dados económicos divulgados já indiciavam um comportamento positivo da economia nacional no terceiro trimestre, mesmo depois da progressão de 1,1% em cadeia registada entre abril e junho. As previsões dos economistas oscilavam entre o crescimento de 0,2% do PIB projetado pelo BBVA e uma progressão de 0,5% antecipada pela Universidade Católica. Bruxelas, por sua vez, antecipava um crescimento nulo da economia nacional.
Este relatório do INE é revelado a cerca de sete meses do fim do atual programa de ajustamento financeiro e a poucos dias da votação final do Orçamento para 2014, que prevê um crescimento de 0,8% do PIB no próximo ano.