Coube a Rui Rio apresentar o enquadramento económico do país na primeira sessão plenária do segundo dia do Congresso da APLOG. Optou por uma análise estrutural da situação política e económica do país e deixou o que devem ser, na sua opinião, as grandes linhas a seguir no futuro.
O desenvolvimento económico do país tem de passar pela redução da dívida pública e da dívida externa, diminuindo o peso da dívida no PIB, através de uma estratégia de pequenos superavits orçamentais, que se traduza numa “redução lenta mas paulatina e sustentada da dívida”. Esta estratégia só é possível com crescimento económico, assente nas exportações e no investimento, alavancado pelas empresas. O Estado deve garantir estabilidade, “políticas com rumo” e uma política fiscal simplificada.
Em termos políticos, as sugestões de Rui Rio passam por avançar com uma grande reforma do sistema político, que contemple a regionalização, reformar o sistema judicial, para “assegurar uma efetiva separação de poderes”, definir o papel do Estado e a gestão do próprio Estado, para combater o desperdício, e responsabilizar a comunicação social por aquilo que escreve. “Tudo o que se fizer tem de ser em nome de mais governabilidade” e “é preciso enobrecer a atividade política, barrar quem não é sério e atrair quem é sério”, concluiu.
