“Existem dois grandes incómodos”, afirmou o sindicalista, que falava no parlamento perante o grupo de trabalho sobre a Liberalização dos serviços postais, da comissão de Economia e Obras Públicas, avança o Diário de Notícias.
Um dos “incómodos é o facto de [a proposta de lei] ter sido encomendada ao regulador, outra é o facto de passar demasiadas coisas para o regulador”, apontou na sua intervenção.
“Há um poder absurdo no regulador, não deve ser permitido ser ele próprio a fazer a lei”, disse.
José Oliveira manifestou também preocupação em relação ao custo do serviço universal postal para os CTT, nomeadamente em zonas em que os privados não pretendam operar.
“Parece-nos muito complicado que aquilo que restar dos CTT, onde o negócio não for rentável, vá para qualquer operador”, adiantou.
“Quanto é que vai custar o serviço universal postal?”, questionou José Oliveira.
O sindicalista defendeu que deve ser avaliada a rentabilidade dos serviços dos correios e manifestou-se preocupado com o que poderá acontecer aos trabalhadores do setor.
O grupo de trabalho, liderado por Luís Campos Ferreira, está a promover várias audições com intervenientes do mercado sobre a proposta de projeto de lei (PPL) 35, que liberaliza o setor dos correios e define o serviço universal postal.