APLOG

Temos uma das associações de logística mais dinâmicas da Europa

Temos uma das associações de logística mais dinâmicas da Europa

Alcibíades Paulo Guedes é desde o início de Abril o novo presidente da APLOG – Associação Portuguesa de Logística. Reconhece a qualidade do legado que recebeu e confessa que “fazer melhor que os antecessores não é fácil”. Assume a vontade de manter a mesma rota com dois objetivos essenciais: aumentar e refrescar a base associativa e continuar a assegurar valor acrescentado aos associados.

Enquanto presidente da APLOG, quais elege como os seus maiores objetivos para o triénio 2012/2014?
O meu objetivo é, antes de mais, manter o fio condutor da atividade e do posicionamento da APLOG, sem grandes mudanças de rota, mas com metas importantes, que passam por alargar a base de associados e definir a forma como a APLOG pode continuar a acrescentar valor aos seus associados. Esses são os maiores desafios.
A par, queremos aumentar a nossa base associativa junto de novos públicos. Por um lado reforçando a nossa presença em áreas onde a logística é menos forte, como o setor da saúde, por exemplo. Daí realizarmos, este mês, um seminário sobre logística na área da saúde e hospitalar. Queremos também ter uma oferta que atraia as PME, algumas ainda muito arredadas do tema da logística. Finalmente, tencionamos chegar a um público mais jovem, constituído por jovens quadros, licenciados ou não, que trabalhem na área da logística. Com isto visamos aumentar a massa associativa e refrescá-la, já que, de uma forma geral, ela nasce e evolui com a associação, mas também envelhece com ela.

Quantos associados tem hoje a APLOG?
Em números redondos, 350 associados, entre coletivos e individuais, um número que se tem mantido relativamente estável nos últimos anos.

De que novas formas, ou através de que atividades, pretende a APLOG mostrar o seu valor para os associados?
Naquilo que fazemos, temos consciência de que já atingimos reconhecimento e uma certa maturidade, que limita o espaço de progressão. O Congresso anual é disso exemplo. Com uma média de 400 participantes, é claramente o momento de referência da logística em Portugal. Mas não podemos esperar, num país como Portugal, juntar mil pessoas num congresso, ou seja, já não temos um grande espaço de crescimento.
Por isso o grande desafio é descobrir que outras coisas podemos fazer para continuar a acrescentar valor aos nossos associados. Sabemos que vamos manter a tipologia clássica, com ações de formação e disseminação do conhecimento, e estamos a debater os melhores formatos. Tentaremos inovar a nossa oferta mas dentro do âmbito e da missão da associação.
A maior incógnita para nós é como disseminar o conhecimento logístico uma vez que o acesso à informação é hoje muito mais facilitado do que era há 20 anos atrás. A estratégia poderá ser estabelecer parcerias com entidades internacionais que permitam disseminar informação aos nossos associados. No último ano, a oferta que maior valor acrescentou aos associados foi, na minha opinião, o acesso online a toda a informação do Institute of Operacional Management de Inglaterra, com quem estabelecemos uma parceria. A informação disponibilizada está ao nível do que é produzido pelas universidades e sistema científico. Estaremos atentos a oportunidades deste tipo.

Nas eleições de 27 de março só houve uma lista. Indica que houve falta de participação ou que existe unanimidade em seguir uma linha de continuidade?
Penso que é mais a segunda questão. Tivemos uma Assembleia Geral muito participada e um processo de reflexão estratégica, anterior à Assembleia Geral, onde os participaram os associados. O trabalho que tem vindo a ser feito é reconhecido pela sua qualidade e creio que não se sentiu a necessidade de avançar com listas alternativas.

Quais as motivações que o levaram a avançar com a candidatura a presidente da Direção da APLOG?
Foi sobretudo o amor à camisola logística e a vontade de dar um contributo à APLOG, com quem sempre tive uma ligação afetiva. Trabalho na logística há mais de 20 anos e terei sido dos primeiros em Portugal a apostar nesta área. Fiz a minha especialização e o doutoramento nesta área quando ainda ninguém falava de logística neste quadrado à beira mar plantado…
E é mesmo só por isso, já que em termos pessoais e profissionais é penalizador, porque vivo no Porto, tenho uma atividade profissional intensa e o tempo não é muito, o que implica otimizar os recursos.

Daqui a três anos, que legado o deixaria satisfeito?
Ficaria satisfeito deixando a APLOG com uma base associativa mais alargada, que tornasse a associação sustentável nos anos seguintes, e mantendo o nosso congresso e formação como as ofertas de referência nesta área.

 

Leia a entrevista na íntegra na edição n.98 (maio/junho 2012) de Logística & Transportes Hoje

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