O documento, que a comissão vai depois transmitir ao ministro dos Transportes, António Mendonça, tem como objectivo a reposição das cinco carreiras da Transtejo entre Seixal e Lisboa, eliminadas pela empresa desde 1 de Janeiro.
O organismo responsável pela redução de transportes naquela ligação justifica a medida pela necessidade de “reorganização da oferta, face aos últimos dados de procura registados”. A CUTMS considera, no entanto, que “as alterações introduzidas com a retirada de três carreiras com partida do Seixal, e duas com partida do Cais do Sodré, em Lisboa, aumentam os tempos de espera dos utentes” e “são tanto mais incompreensíveis e injustas quando ocorrem durante a hora de ponta. Quando há mais deslocações de quem trabalha e estuda na outra margem”.
A comissão argumentou ainda que aquelas alterações vêm juntar-se ao “agravamento significativo dos custos com os transportes, designadamente do custo com o passe social”. “O Governo aumenta as tarifas, diminui a oferta de um operador público que está inserido no sistema do passe social e empurra os utentes para a Fertagus, operador privado que está fora da rede do passe social, penalizando ainda mais as populações da Margem Sul”, defendeu.
