O valor, calculado na ótica de contabilidade nacional segundo os critérios a reportar a Bruxelas, “não é relevante” para os limites do programa de ajustamento da troika, esclareceu o governante numa audição no Parlamento.
Ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, Vítor Gaspar antecipou um valor aproximado para o valor do défice que será divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) no final desta semana. Sem considerar o impacto relativo à recapitalização bancária com apoio estatal o défice orçamental ficará já na ordem do que prevêem os técnicos da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que apontam para um desequilíbrio entre 7,3% e 8,7% do PIB.
De acordo com o Público, até ao mês de maio, o défice das Administrações Públicas, calculado na ótica de contabilidade pública, baixou para 1536,3 milhões de euros, beneficiando de um aumento da receita fiscal. Apesar do recuo nas receitas obtidas com os impostos indiretos, a receita fiscal do Estado cresceu 7,9% até maio, acumulando nos primeiros cinco meses do ano 14 140,8 milhões de euros. Nos impostos diretos, houve um aumento de 22%, por conta do aumento conseguido com a receita em IRS.