Energias Renováveis

Energias renováveis responsáveis por 89% do consumo no primeiro trimestre do ano

Energias renováveis responsáveis por 89% do consumo no primeiro trimestre de 2024 iStock

A produção de energias renováveis foi responsável por 89% do consumo nos primeiros três meses deste ano, registando o valor mais elevado para este trimestre desde 1978, “quando o sistema nacional ainda não tinha uma componente térmica relevante”, de acordo com o comunicado de imprensa da RENRedes Energéticas Nacionais.

No primeiro trimestre de 2024, o índice de produtibilidade hidroelétrica ficou em 1,38, o de energia eólica em 1,07 e o de solar em 0,87 (médias históricas de 1). Segundo a REN, a energia hidroelétrica foi responsável por abastecer 47% do consumo, a eólica forneceu 31%, a fotovoltaica cerca de 6% e a biomassa abasteceu 5%.

Já a produção a gás natural, abasteceu 11% do consumo, “enquanto o saldo de trocas com estrangeiro foi ligeiramente exportador, equivalendo a cerca de 1% do consumo nacional”, avança o comunicado.

Em março, as energias renováveis abasteceram 91% do consumo de energia elétrica em Portugal. Segundo a REN, trata-se do terceiro mês consecutivo com valores acima dos 80%, depois dos 88% registados em fevereiro e 81% em janeiro.

No mês passado, a energia hidroelétrica registou um índice de produtibilidade de 1,78 (média histórica de 1) e um novo máximo de potência entregue à rede de 7280 MW no dia 11.

A REN afirma que o consumo de energia elétrica em março registou um crescimento homólogo de 1,6%, ou 2,9% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis, enquanto no trimestre deu-se uma subida de 1,1%, ou 2,6% com correção da temperatura e dias úteis.

Já o índice de produtibilidade eólico durante o mês de março situou-se nos 1,15 enquanto o solar registou um índice de produtibilidade de 0,86 (médias históricas de 1). “O saldo mensal de trocas com o estrangeiro foi exportador, o que acontece pela primeira vez este ano, equivalendo a cerca de 11% do consumo nacional”, salienta a REN.

Relativamente ao mercado de gás natural, a REN avança ter-se registado uma descida homóloga no mês passado de 5,8%. “Uma variação motivada pelo comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que teve uma quebra homóloga de 24%, devido à elevada disponibilidade de energia renovável”, explica a empresa em comunicado.

No final do trimestre, o consumo acumulado anual de gás registou uma descida homóloga de 10%, tratando-se do consumo mais baixo desde 2014.

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