Transporte de passageiros

O aumento dos combustíveis e o reflexo no comportamento do consumidor

A Kantar, Worldpanel Division, revelou que, mesmo com o aumento de preços dos combustíveis, a maioria dos portugueses (65%) continuou a atestar os seus carros (considerando abastecimentos acima dos 65 euros), independentemente da sua classe social, nos últimos seis meses.

Em comunicado, a empresa de pesquisa de mercado nota que apenas 2% dos compradores deixaram de atestar, notando-se um reforço nos abastecimentos entre os 35 euros e os 65 euros. O painel de combustíveis da Kantar revela ainda que há um aumento nos abastecimentos abaixo de 20 euros, que têm agora mais 900 mil compradores.

“Existe uma maior duplicação destes abastecimentos com aqueles de maior valor, ou seja, os mesmos compradores que atestam o carro também fazem abastecimentos abaixo de 20 euros. Este movimento tem uma explicação: promoção e preço” informa a Kantar.

Segundo explicado, o aumento dos descontos e benefícios oferecidos pelas gasolineiras em Portugal levaram os consumidores a fazer um “abastecimento de ‘sobrevivência’ abaixo dos 20€ que permite ganhar tempo para obter o desconto, chegar ao dia da promoção ou estar mais perto do posto de abastecimento low cost”.

Entre maio de 2021 e o período homólogo, o preço do combustível pago por cliente final subiu 26% (21% em gasolina e 31% em gasóleo). Em maio de 2022, em média, cada português gastou 122 euros para abastecer o seu carro, um número recorde.

No estudo da Kantar sobre a evolução dos preços de junho 2022, 73% dos portugueses diz ser difícil ou muito difícil fazer face às despesas com combustíveis, um número bastante acima dos 59% que dizem ter o mesmo grau de dificuldade face às despesas gerais.

Ficha Técnica: Os dados de compra são baseados no Painel de Petrol da Kantar, em Portugal, que dispõe de uma amostra de 1.200 automóveis, que declararam os seus abastecimentos no período em análise seis meses, compreendidos entre 01 dezembro de 2021 até 31 de maio de 2022. Os resultados apresentados têm um nível de confiança de 95%, com erro amostral associado de 1,96%.

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