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Governo apresentou nova estratégia para adaptação às alterações climáticas

Governo apresentou nova estratégia para adaptação às alterações climáticas Direitos Reservados

O Governo apresentou na passada quarta-feira, dia 29 de outubro, a nova Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas (ENAAC 2030), que visa reforçar a capacidade de resposta do país a fenómenos extremos, ao mesmo tempo, aposta particularmente na prevenção de inundações.

De acordo com a Lusa, a ENAAC 2030 entrou esta mesma quarta-feira em consulta pública e tanto orienta a resposta nacional aos impactos das alterações climáticas como reforça a capacidade de adaptação a fenómenos extremos, nomeadamente ondas de calor, secas, incêndios e inundações.

A estratégia visa adaptar todos os setores da sociedade aos impactos das alterações climáticas e necessita de revisão “porque os impactos nos últimos anos foram muito maiores do que costumavam ser”, referiu à Lusa a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

Entre os impactos identificados na área do Ambiente e Energia estão a erosão costeira, os efeitos nos rios, a escassez hídrica e a prevenção dos incêndios florestais, referiu a ministra, acrescentando que também se fazem sentir noutras áreas, como a saúde, com o surgimento de novas doenças.

Maria da Graça Carvalho afirmou ainda à Lusa que o Governo não aguardou o novo enquadramento para avançar com as medidas necessárias e recordou que já estão em curso obras na orla costeira, num investimento de cerca de 140 milhões de euros do Programa Operacional Sustentável, com intervenções em zonas como Esposende, Ferragudo, Figueira da Foz, Costa da Caparica e Vale do Garrão.

Na área da prevenção de cheias, a Agência Portuguesa do Ambiente recebeu 12,3 milhões de euros para modernizar o sistema de alerta e monitorização, que identifica as regiões mais vulneráveis a cheias e inundações, adiantou Maria da Graça Carvalho.

Acrescentou também que, na renegociação do Programa Operacional Sustentável, foram destinados 60 milhões de euros para obras de prevenção de cheias, com intervenções previstas em Lisboa, Algés, Oeiras e Faro.

“Não estivemos à espera da estratégia para avançar”, voltou a frisar a ministra, que acrescentou que a ENAAC 2030 estrutura as políticas, identifica as áreas críticas e respetivas necessidades e promove a monitorização e o diálogo entre os diferentes setores da administração pública afetados pelas alterações climáticas.

 

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