Biodiversidade

Guimarães divulga plano de ação local para a biodiversidade até 2030

Guimarães divulga plano de ação local para a biodiversidade até 2030 Direitos Reservados

O Plano de Ação Local para a Biodiversidade de Guimarães 2030 (PABG2030) já está disponível para consulta pública e pretende “proteger e promover a biodiversidade do território e restaurar os ecossistemas até 2030”.

Desenvolvido pelo Laboratório da Paisagem e pelo município de Guimarães, o documento reflete “um firme compromisso com a sustentabilidade e colocando a natureza e a biodiversidade como prioridades na estratégia de transição climática do município”, salienta o comunicado de imprensa.

A comunicação dá ainda conta de que o PABG2030 está alinhado com as diretrizes nacionais e europeias, como a Estratégia Nacional para a Biodiversidade e o Pacto Ecológico Europeu (Green Deal).

Para Domingos Bragança, presidente da Câmara Municipal de Guimarães, este plano “assume-se como um importante instrumento de diagnóstico e monitorização, mas, acima de tudo, demonstra a relevância da ciência e da investigação para as tomadas de decisão mais acertadas e conscientes”.

E continua: “é um documento que, para além do sólido diagnóstico do território que apresenta, elenca medidas ambiciosas para a proteção e promoção dos ecossistemas, da fauna e da flora, um importante património natural de Guimarães. Com o PABG2030 voltamos a demonstrar a importância do trabalho colaborativo entre as diversas instituições do concelho, assim como a necessidade de envolvimento de todos os cidadãos neste desígnio, através das escolas, das juntas de freguesia e das Brigadas Verdes”.

No âmbito do projeto, destaque-se a implementação de um programa de monitorização das mais de 1.300 espécies de fauna e flora, que abrange um total de 102 estações de monitorização para grupos faunísticos como odonatas, lepidópteros, herpetofauna, aves, mamíferos terrestres, quirópteros e peixes. Das 609 espécies de fauna identificadas, 37 apresentam estatuto de ameaça. Na flora foram registadas cerca de 724 espécies, quatro das quais apresentam estatuto de ameaça, outras tantas estão listadas em anexo de Diretiva Habitats e 12 são endemismos ibéricos, avança a nota de imprensa.

Além disso, o documento inclui também a adoção do Índice de Biodiversidade Urbana (CBI) como ferramenta de avaliação capaz de medir o desempenho do concelho em diversas categorias, como biodiversidade nativa, serviços prestados pelos ecossistemas e gestão da biodiversidade.

Segundo o comunicado, a implementação do CBI, em 2023, serve como ponto de referência para monitorizar o progresso na preservação da biodiversidade nos próximos anos. Com iniciativas que vão desde a proteção dos polinizadores até à reflorestação do concelho, o plano visa não só proteger o património natural local, mas também preparar a cidade para enfrentar os desafios das alterações climáticas.

A nota de imprensa refere ainda que o desenvolvimento do documento contou com a participação de mais de 800 cidadãos em diversas iniciativas, “promovendo uma abordagem participativa e o envolvimento ativo da comunidade na recolha de dados e na discussão das ações propostas”.

A divulgação deste plano, leva o município português a dar mais um passo na caminhada rumo ao título de Capital Verde Europeia 2026. Recorde-se que Guimarães foi recentemente anunciada como uma das três cidades finalistas do título de Capital Verde Europeia 2026, estando na fase final da competição pelo segundo ano consecutivo.

Guimarães é finalista da Capital Verde Europeia 2026

Não perca informação: Subscreva as nossas Newsletters

Subscrever