A Cimpor vai testar um novo método de produção de betão com recurso a subprodutos industriais, com utilização de escórias de alto-forno e sedimentos resultantes da lavagem de agregados. A empresa já recebeu a aprovação da patente internacional (em território português) relativa a esta invenção, já patenteada na Turquia e recebeu recentemente o aval do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
“Este método vai permitir a produção de um ligante geopolimérico com elevada resistência à compressão, sem necessidade de processos de cura térmica, por água ou vapor. Desenvolvido a partir de materiais residuais da indústria siderúrgica e da lavagem de agregados, representa uma alternativa mais eficiente e ecológica às práticas tradicionais e contribui para a valorização de resíduos industriais, o que se traduz numa redução significativamente do seu impacto ambiental”, explica a Cimpor em comunicado. O novo ligante pode ser utilizado na produção de betonilhas, argamassas, betão e betão pré-fabricado, mantendo elevados padrões de desempenho e durabilidade.
A empresa aposta assim em tecnologias de vanguarda e soluções mais sustentáveis, alinhadas com os objetivos de descarbonização e economia circular definidos a nível nacional e europeu: “Este desenvolvimento insere-se na estratégia de inovação e representa mais um passo firme no sentido de uma construção mais sustentável, eficiente e circular. Acreditamos que a adoção de soluções como esta será determinante para o futuro do setor”, refere Hakan Ozkan, Technical Assistant Manager da Betão Liz, empresa do Grupo Cimpor.
Esta patente resulta de um trabalho conjunto entre investigadores da Yildiz Teknik Üniversitesi, na Turquia, e a equipa técnica da OYAK Çimento.