A Nestlé anunciou a sua saída da Dairy Methane Action Alliance, uma coligação internacional criada em dezembro de 2023 para reduzir as emissões de metano associadas à produção de lacticínios e o impacto do setor no aquecimento global.
A aliança, que mantém entre os seus membros empresas como Danone, Kraft Heinz e Starbucks, leva os participantes a medir, divulgar e reduzir progressivamente as emissões de metano das respetivas cadeias de fornecimento de leite e derivados.
A empresa não revelou os motivos da sua saída, mas afirmou que continuará a trabalhar para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE), incluindo o metano, em toda a sua cadeia de produção, mantendo o objetivo de neutralidade carbónica até 2050.
“A Nestlé revê regularmente as suas filiações em organizações externas”, declarou a empresa. E continua: “como parte deste processo, decidimos descontinuar a nossa participação na Dairy Methane Action Alliance”.
Recentemente, a Nestlé anunciou também uma nova parceria com a Organização Mundial dos Agricultores, com o objetivo de fortalecer a resiliência dos sistemas alimentares face às alterações climáticas.
A decisão representa mais um revés para as iniciativas empresariais de cooperação climática, num contexto em que várias entidades têm abandonado programas semelhantes. Nos Estados Unidos da América (EUA), por exemplo, vários bancos saíram do principal grupo do setor financeiro dedicado à redução das emissões de carbono, à medida que o governo de Donald Trump retira várias políticas ambientais.
De acordo com o relatório não financeiro da Nestlé de 2024, a empresa conseguiu reduzir as emissões de metano em quase 21% face aos níveis de 2018.