Transição energética

Projeto no Porto já garante 38% de autossuficiência energética a 83 famílias e uma escola

Projeto no Porto já garante 38% de autossuficiência energética a 83 famílias e uma escola Direitos Reservados

A Comunidade de Energia Renovável de Agra do Amial, promovida pelo Município do Porto e acompanhada tecnicamente pela AdEPorto – Agência de Energia do Porto, alcançou no seu primeiro ano de atividade cerca de 38% de autossuficiência energética face à rede convencional.

Criada em maio de 2024, a comunidade integra atualmente 83 habitações e a escola local, tendo registado, desde então, 30 novas adesões por iniciativa dos moradores. A procura crescente confirma, segundo a AdEPorto, os benefícios reais do projeto.

De acordo com o comunicado de imprensa, os resultados do primeiro ano são expressivos:
– 135 MWh de energia solar produzida e partilhada, equivalente ao consumo anual de 45 casas;

– 34% de redução média nas faturas de eletricidade das famílias aderentes;

– 38% de autossuficiência energética face à rede convencional.

Para Rui Pimenta, Administrador Executivo da AdEPorto, “esta comunidade prova que a transição energética justa acontece quando as soluções são desenhadas com e para as pessoas. Em Agra do Amial, a energia renovável passou a ser uma ferramenta de inclusão, de poupança e de transformação local. É assim que se constrói futuro nos territórios”.

Segundo a nota de imprensa, o modelo de Agra do Amial está já a ser replicado em outros territórios. No Porto, estão em fase de implementação novas comunidades energéticas nos Conjuntos Habitacionais da Mouteira, Lordelo, Fernão Magalhães e Francos, abrangendo mais de 1400 famílias, com arranque previsto ainda em 2025.

A comunicação sublinha ainda que a AdEPorto apoia igualmente projetos semelhantes em Matosinhos, Maia e Póvoa de Varzim, que poderão beneficiar cerca de 700 famílias, algumas já no próximo ano.

“Mais do que uma solução de produção e partilha de energia, a Comunidade de Energia de Agra do Amial representa um passo concreto rumo à neutralidade carbónica, através da promoção da justiça social, da eficiência energética e da inclusão”, lê-se na comunicação.

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