Transição energética

Renováveis forneceram 77% do consumo elétrico em maio. Produção solar atinge máximos

Renováveis forneceram 77% do consumo elétrico em maio. Produção solar atinge máximos iStock

Em maio, a produção de energia renovável garantiu 77% do consumo de eletricidade, com a energia solar a atingir um novo recorde ao representar 17% do total. A produção não renovável contribuiu com 16%, enquanto os 7% restantes corresponderam a importações de eletricidade.

De acordo com o comunicado de imprensa da Redes Energéticas Nacionais (REN), também em maio, o consumo de energia elétrica registou uma ligeira queda de 0,1%, mantendo-se estável quando ajustado aos efeitos da temperatura e do número de dias úteis. No acumulado do ano até ao final de maio, o consumo apresentou uma variação homóloga de 1,8%, valor que se mantém inalterado após a correção por temperatura e dias úteis.

No mesmo período, a produção hidroelétrica registou um índice de produtibilidade de 1,52, significativamente acima da média histórica (igual a 1). Em contraste, as eólicas e solares operaram abaixo da média, com índices de 0,73 e 0,93, respetivamente. Ainda assim, a energia solar, que continua a apresentar um crescimento acelerado, superou pela primeira vez, no mês de maio, pontas de 3000 MW.

Entre janeiro e maio, o índice de produtibilidade hidroelétrica foi de 1,45, enquanto os índices da energia eólica e solar se fixaram em 0,99 e 0,79, respetivamente. Neste período, a produção de origem renovável respondeu por 82% do consumo de eletricidade, distribuída entre energia hidroelétrica (40%), eólica (27%), solar fotovoltaica (10%) e biomassa (5%). A produção a partir de gás natural representou 12% do consumo, sendo os 6% restantes assegurados por importações.

No mercado de gás natural, registou-se uma evolução homóloga de 40%, impulsionada pelo crescimento do segmento de produção de energia elétrica. Em contraste, o consumo no segmento convencional apresentou uma redução de 2,1% face ao mesmo período do ano anterior. Durante o mês, todo o aprovisionamento do sistema nacional foi assegurado através do terminal de GNL de Sines, mantendo-se Portugal como exportador líquido via a interligação com Espanha.

Nos primeiros cinco meses do ano, o consumo acumulado de gás natural registou um aumento homólogo de 7,1%, impulsionado por um crescimento de 81% no segmento de produção de eletricidade, que compensou a redução de 6% no segmento convencional.

Durante este período, 96% do aprovisionamento nacional foi assegurado pelo terminal de GNL de Sines, enquanto os restantes 4% foram importados através da interligação com Espanha. A Nigéria e os Estados Unidos da América (EUA) destacaram-se como os principais fornecedores de gás a Portugal, representando, respetivamente, 52% e 34% do total consumido.

 

 

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