iStock Após longas horas de negociações, os ministros do Clima da União Europeia (UE) chegaram esta quarta-feira, dia 5 de novembro, a um acordo sobre a meta climática para 2040: uma redução de 90% nas emissões de gases com efeito de estufa (GEE) face aos valores de 1990, com margem de flexibilidade que poderá atenuar o compromisso final.
De acordo com o Financial Times, vários Estados-membros exigiram concessões adicionais, incluindo a possibilidade de que 5% da redução de emissões seja alcançada através da compra de créditos de carbono internacionais.
Este mecanismo permite compensar parte das emissões adquirindo créditos provenientes de projetos de reflorestação, energias renováveis ou outras iniciativas equivalentes, em que cada crédito corresponde, em regra, a uma tonelada de dióxido de carbono evitada ou removida. Em emergências, como incêndios florestais, essa percentagem poderá aumentar até mais 5%.
Os ministros definiram também a meta europeia para 2035, que será apresentada na Conferência do Clima das Nações Unidas (COP30), a iniciar-se a 10 de novembro. O compromisso prevê uma redução das emissões entre 66,25% e 72,5% até essa data.
Além disso, todos os países signatários do Acordo de Paris devem apresentar os seus planos climáticos para 2035 antes do arranque da cimeira, cujo segmento de alto nível começa já nesta quinta-feira.
O acordo foi alcançado por maioria absoluta, com a Eslováquia, a Hungria e a Polónia a votaram contra a proposta.
A meta para 2040 seguirá agora para o Parlamento Europeu, que deverá definir a sua posição e iniciar negociações com o Conselho antes de a medida ser integrada na legislação da UE.
