iStock A União Europeia (UE) decidiu adiar por mais um ano a entrada em vigor da lei da desflorestação, anunciou na passa terça-feira, dia 23 de setembro, a comissária do Ambiente, Jessika Roswall.
A medida, que visa proibir a importação de produtos como óleo de palma, soja e carne de vaca ligados à destruição florestal, já tinha sido adiada anteriormente.
Segundo Jessika Roswall, o novo adiamento deve-se à necessidade de garantir que os sistemas informáticos que suportam a lei estão prontos para lidar com o elevado volume de dados exigido.
A comissária rejeitou que a decisão esteja relacionada com as críticas de parceiros comerciais como os Estados Unidos da América (EUA), Brasil e Indonésia, que alertaram para os custos e impactos da medida nas suas exportações para a Europa.
A lei deveria entrar em vigor a 30 de dezembro e obrigaria os operadores a provar que os seus produtos não resultam de desflorestação. No entanto, a Comissão Europeia teme que, sem ajustes, o sistema informático possa ficar sobrecarregado e travar o comércio.
A política pretende eliminar os 10% da desflorestação global associada ao consumo de produtos importados pela UE, mas continua a ser um dos pontos mais polémicos da agenda ‘verde’ europeia.
Várias organizações ambientalistas já criticaram o adiamento, com a decisão de atraso a aplicação da lei a ter ainda de ser aprovada pelo Parlamento Europeu e pelos Estados-membros.
