Circularidade

EGF e Valorsul defendem valorização energética como solução para a gestão de resíduos

EGF e Valorsul defendem valorização energética como solução para a gestão de resíduos Direitos Reservados

A EGF e a Valorsul defenderam a valorização energética como uma solução chave para a gestão de resíduos em Portugal durante a conferência internacional “Energia que Move o Futuro – Valorização Energética em Portugal”.

O encontro, promovido pela EGF, Valorsul e ISWA – International Solid Waste Association, reuniu especialistas nacionais e internacionais para discutir os desafios e as oportunidades do setor. O foco principal foi a criação de um novo ciclo de valor, assente na produção de energia limpa e na promoção da economia circular, refletindo sobre as melhores práticas para transformar resíduos em recursos energéticos sustentáveis.

Foi na abertura da conferência, que o Secretário de Estado do Ambiente, João Manuel Esteves, destacou que “a valorização energética é uma das soluções para dois dos maiores desafios ambientais da atualidade: a gestão de resíduos e a produção sustentável de energia”.

Segundo a nota de imprensa, os representantes do setor mostraram-se conscientes da urgência em transformar o atual modelo de gestão de resíduos urbanos em Portugal e em outros países, onde uma parte significativa ainda é destinada a aterros, sublinhando que o objetivo é transitar para um modelo mais sustentável, criando valor a partir de resíduos não recicláveis e reduzindo a pegada ecológica.

Baseado nas melhores práticas europeias e em exemplos de países como Alemanha, Holanda e Bélgica, que utilizam a valorização energética e apresentam altas taxas de reciclagem com mínima deposição em aterro, o encontro destacou que, embora a prioridade continue a ser reduzir, reutilizar e reciclar, a valorização energética surge como a solução mais sustentável para os resíduos que não podem ser reciclados.

No âmbito desta estratégia, Marta Neves, Administradora da EGF e Presidente da Valorsul, anunciou que “está a decorrer um estudo internacional para a expansão da Central de Valorização Energética, com uma quarta linha”, com o objetivo de definir, em colaboração com autarquias, entidades reguladoras, investidores e a comunidade local, uma solução sustentável, eficiente e estratégica não apenas para a região, mas também para o país.

A nota de imprensa explica também que o estudo em desenvolvimento vai avaliar as necessidades e soluções de tratamento de resíduos para toda a região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) até 2055, abrangendo também as regiões vizinhas que enfrentam desafios crescentes em termos de capacidade.

A comunicação também refere que o estudo em curso tem como objetivo responder a questões cruciais para o futuro da gestão de resíduos na região de LVT, como garantir uma gestão integrada e eficiente, reduzir a dependência de aterros e alinhar esta infraestrutura com as metas nacionais e europeias de descarbonização e economia circular.

Do ponto de vista ambiental, será avaliado como uma nova linha pode reduzir os resíduos enviados para aterro, utilizando tecnologias mais avançadas, eficientes e com menores emissões. Em termos energéticos, a expansão da Central visa fortalecer a segurança energética nacional, produzindo eletricidade renovável e explorando o aproveitamento de calor para redes urbanas ou industriais.

Como complemento ao estudo, foi destacada a importância de realizar uma análise detalhada do enquadramento legal e regulatório, a fim de permitir uma aposta mais sólida na valorização energética.

“O sistema português caracteriza-se por uma elevada rigidez territorial e institucional, onde as fronteiras contratuais dos sistemas multimunicipais e intermunicipais dificultam a partilha de infraestruturas e a adoção de soluções integradas”, lê-se na nota de imprensa.

A comunicação explica ainda que, neste contexto, é fundamental rever os mecanismos legais e operacionais para viabilizar uma gestão mais colaborativa e eficiente, alinhada aos objetivos de sustentabilidade e transição energética.

 

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