Transição energética

Em outubro, 66% da eletricidade em Portugal foi gerada por fontes renováveis

Em outubro, 66% da eletricidade em Portugal foi gerada por fontes renováveis iStock

Entre 1 e 31 de outubro, 66% da eletricidade produzida em Portugal Continental foi proveniente de fontes renováveis, totalizando 2.242 GWh dos 3.395 GWh gerados no período. A conclusão é do Boletim Eletricidade Renovável, elaborado pela Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN).

De acordo com a análise, de janeiro a outubro, Portugal manteve-se entre os líderes europeus na utilização de fontes renováveis, com 75,2% da eletricidade produzida proveniente de energias limpas.

Este desempenho coloca Portugal como o 4.º país com maior participação de renováveis no mix elétrico, atrás apenas da Noruega (97,7%), Dinamarca (88,3%) e Áustria (83,1%). No mês de outubro, Portugal (66%) superou países vizinhos como Alemanha (63,2%), Espanha (50%), Itália (34,2%) e França (26,3%).

Entre janeiro e outubro, o preço médio horário no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) foi de 65,6 €/MWh, registando-se 1.266 horas de produção 100% renovável. O contributo das energias renováveis gerou uma poupança acumulada de 6.301 milhões de euros, equivalente a uma média de 151,6 €/MWh, resultante da produção em regime especial (PRE).

Para Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN, “Portugal tem demonstrado que é possível crescer economicamente ao mesmo tempo que se reduzem as emissões, e os dados de outubro confirmam esta realidade, com dois terços da eletricidade a serem gerados a partir de fontes renováveis”.

E continua: “as tecnologias limpas tornaram-se mais competitivas, seguras e acessíveis, e é nelas que se assenta a verdadeira independência energética do país. Agora, é essencial garantir um quadro político, fiscal e regulatório que mantenha o investimento e permita acelerar a transição para um sistema 100% renovável”.

A APREN destacou ainda que o setor das energias renováveis já representa uma “contribuição estrutural” para a economia nacional, contribuindo diretamente para as finanças públicas e as autarquias locais, nomeadamente através do financiamento da tarifa social de energia e da transferência de 2,5% da faturação anual dos parques eólicos para os municípios.

“Qualquer agravamento fiscal sobre os ativos renováveis representaria um retrocesso face às metas de descarbonização e um sinal desincentivador para o investimento, num setor que tem sido fundamental para a redução da fatura energética e para o crescimento económico sustentável do país”, sublinha a Associação Portuguesa de Energias Renováveis.

 

 

 

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