iStock 91% dos portugueses defendem sanções mais severas e uma maior responsabilização das empresas pelo greenwashing, posicionando Portugal como o país que mais valoriza a responsabilidade corporativa na sustentabilidade entre os países analisados.
A conclusão é da MARCO, agência internacional de comunicação, que divulgou a segunda vaga do seu Relatório Global de Consumo, dedicada à sustentabilidade.
Baseado nas respostas de 4.500 consumidores de sete países — Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, México e Brasil —, o estudo analisou o impacto crescente da sustentabilidade nas decisões de compra, nas práticas empresariais e na perceção do papel dos governos.
Os resultados do estudo mostraram que os portugueses acompanham de perto o posicionamento das empresas em matéria de sustentabilidade, mas mantêm um elevado nível de desconfiança.
Como reflexo dessa perceção, 91% dos inquiridos em Portugal defendem a aplicação de sanções mais rigorosas para travar o greenwashing.
Segundo a análise, a sustentabilidade consolidou-se como um fator decisivo na relação entre consumidores e marcas. Globalmente, 65% dos inquiridos afirmam estar dispostos a mudar os seus hábitos de consumo com base no desempenho ambiental das empresas.
Em Portugal, essa predisposição é ainda mais acentuada, com 72% dos consumidores a afirmarem que alterariam as suas escolhas se uma marca demonstrasse um compromisso mais sólido com a sustentabilidade.
No entanto, o preço continua a ser o principal obstáculo. Embora muitos portugueses manifestem vontade de escolher produtos sustentáveis, persiste alguma resistência em pagar mais por opções fabricadas com materiais reciclados ou ecológicos. Apenas 56% dos consumidores nacionais estão dispostos a fazê-lo, avança o estudo.
Para além das marcas e empresas, os governos também são vistos como responsáveis pela implementação de políticas sustentáveis, enfatiza o documento.
A par do Brasil, Portugal destacou-se entre os países mais críticos, com 84% dos portugueses a considerarem insuficientes as ações governamentais em prol da sustentabilidade. Em contraste, países como a Alemanha e a França revelaram uma perceção mais positiva quanto ao desempenho dos seus governos nesta área.
