Transição Energética

Renováveis responsáveis por 78% do consumo de energia em fevereiro

Renováveis responsáveis por 78% do consumo de energia em fevereiro iStock

A produção de energia renovável abasteceu 78% do consumo de energia elétrica em Portugal no passado mês de fevereiro, revelou a Redes Energéticas Nacionais (REN) esta segunda-feira, dia 3 de março.

Ainda em fevereiro, a produção não renovável foi responsável por 13% do consumo, enquanto os restantes 9% foram abastecidos com recurso a energia importada.

De acordo com a REN, quanto ao consumo de eletricidade, apesar do mês de fevereiro ter tido menos um dia este ano do que em 2024, o consumo de energia elétrica registou um crescimento homólogo de 3,2% (2,7% com correção de temperatura e dias úteis).

“Este crescimento foi impulsionado por temperaturas inferiores às verificadas no mesmo período do ano anterior, embora com valores muito acima dos valores médios para o mês. A evolução anual regista uma variação de 2,6%, ou 2,1% com correção da temperatura e dias úteis”, lê-se na comunicação.

Já no acumulado do ano, a produção renovável abasteceu 77% do consumo, repartida pela hidroelétrica com 38%, eólica com 28%, fotovoltaica com 6% e biomassa com 5%. A produção a gás natural abasteceu 13% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro abasteceu os restantes 10%.

Tal como em janeiro, as condições voltaram a ser “muito favoráveis para a energia hidroelétrica”, com um índice de produtibilidade de 1,28 (média histórica igual a 1). Em sentido oposto, tanto nas eólicas como nas fotovoltaicas, as condições foram particularmente desfavoráveis, com os índices respetivos a registarem 0,71 e 0,83, respetivamente, explicou a Redes Energéticas Nacionais.

No caso da energia solar, o contínuo aumento da potência instalada permitiu manter crescimentos homólogos elevados (27%), com a potência entregue à rede a atingir pela primeira vez pontas da ordem de 2800 MW.

De janeiro e fevereiro, o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 1,25, o de produtibilidade eólica em 1,00 e o de produtibilidade solar em 0,82.

No mercado de gás, o consumo cresceu 3,8%, devido ao comportamento positivo do segmento de produção de energia elétrica, que registou uma variação homóloga de 61%, face a uma disponibilidade de energia renovável inferior à verificada no mesmo período do ano anterior.

No segmento convencional, que abrange os restantes consumidores, o consumo caiu 8,3%, devido fundamentalmente a quebras em grandes consumidores industriais.

Segundo a REN, no final de fevereiro, o consumo acumulado anual de gás registou um crescimento de 1,5%, repartido por uma queda de 6,2% no segmento convencional e um aumento de 29% no segmento de produção de energia elétrica.

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