IATA reclama medidas para minimizar prejuízos no sector

A IATA diz ser urgente a aplicação de medidas com vista a minimizar os prejuízos causados pela nuvem negra, que obrigou ao cancelamento de um grande número de voos na Europa.

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) diz ser urgente a aplicação de um pacote de medidas com vista a minimizar os prejuízos causados pela nuvem negra, que obrigou ao cancelamento de um grande número de voos na Europa. Para tal, a IATA pede a colaboração da Comissão Europeia, dos governos e de todos os agentes do sector.

 

«Esta crise é devastadora para uma indústria que perdeu 9,4 mil milhões de dólares no ano passado e cuja previsão para 2010 ultrapassa os 2,8 mil milhões. Os operadores de handling são neste sector os que apresentam uma situação financeira mais difícil, o que se está a passar vai afectá-los muitíssimo», alerta Giovanni Bisignani, CEO da IATA.

 

Segundo Giovanni Bisignani, já foram dados alguns passos importantes para mitigar o impacto causado pelo encerramento do espaço aéreo. «Alguns aeroportos, como são os casos de Heathrow e Dubai, não estão a cobrar às companhias aérea taxas de estacionamento das aeronaves e de reposição de voos».

  

«Mas o principal papel na gestão desta crise cabe aos governos», adverte o CEO. Neste sentido, Bisignani solicita aos governos que flexibilizem as normas referentes ao trabalho nocturno de handling e chama a atenção da Comissão Europeia para o facto do Regulamento de Passageiros na Europa não prever excepções para este tipo de situações. «Este regulamento não alivia as companhias aéreas das suas responsabilidades para com os passageiros em momentos de crise como é este. Continuam a ter as mesmas obrigações: pagamento de hotel, alimentação e telefone em caso de cancelamento de voos», esclarece Bisignani. 

  

O CEO da IATA apela ainda para a necessidade de se criar um espaço aéreo europeu único. «A decisão de encerramento do espaço aéreo deve ser baseada no risco. Infelizmente, nem todos os estados aplicam este critério. É uma situação no mínimo embaraçosa para a Europa, que depois de décadas de discussão ainda não tem um espaço aéreo único. O caos e o prejuízo económico a que assistimos devem servir para os dirigentes europeus entenderem a urgência desta medida».

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