O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e o Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) estiveram esta segunda-feira (5 de agosto) reunidos com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, para apresentar propostas para “evitar a greve” com início marcado para o dia 12 de agosto.
Durante a reunião, o Ministério das Infraestruturas propôs aos sindicatos representativos dos motoristas a possibilidade de ser desencadeado “um mecanismo legal de mediação”, que obriga patrões e sindicatos a negociar e que permite que a greve seja desconvocada.
De acordo com o Executivo, caso este mecanismo seja aceite pelos sindicatos, vai permitir que “a greve seja desconvocada e que as partes retomem o diálogo e a negociação num novo enquadramento legal”.
Segundo a Lusa, à saída do encontro de hoje com o Governo, o assessor jurídico do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, garantiu aos jornalistas que a greve vai manter-se até a ANTRAM apresentar “uma contraproposta” que, a concretizar-se, será votada no sábado, em plenário. De acordo com os responsáveis dos sindicatos, a proposta terá de ser entregue até sexta-feira (9 de agosto), um dia antes do plenário que antecede a greve.
“Vamos aguardar tranquilamente e se houver uma proposta da ANTRAM vamos levar a plenário no próximo dia 10 e só sábado se vai decidir se a greve se mantém ou se é desconvocada”, disse à imprensa Anacleto Rodrigues, do Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), à saída do encontro com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
“Está nas mãos da ANTRAM ouvir e apresentar uma contraproposta decente. Ou então manter-se como está, com a postura radical como está. Se o país parar serão eles os responsáveis”, acrescentou Pardal Henriques.
Questinados sobre as reivindicações dos motoristas, os sindicatos indicam que em causa estão “a retribuição base, as cláusulas que lesam trabalhadores de uma forma enorme”, relacionadas “com trabalho que os motoristas fazem e que não deviam fazer. São trabalhos que, ao serem feitos pelos motoristas, estão a retirar 3000 postos de trabalho que deveriam ser assegurados pelas empresas onde carregamos e descarregamos. Essa não é função do motorista.”
A realizar-se a greve arranca a 12 de agosto por tempo indeterminado.