iStock O Boletim de Eletricidade Renovável da APREN revelou que, em agosto, 67,7% da eletricidade produzida em Portugal Continental foi proveniente de fontes renováveis, totalizando 2.351 GWh.
Comparado com agosto do ano passado, a produção elétrica nacional aumentou 16,4%. No mix de geração, a eólica representou 23,7%, a solar 20,8%, a hídrica 15,9% e a bioenergia 7,2%.
De acordo com o comunicado de imprensa, no acumulado de janeiro a agosto, 76,9% da eletricidade em Portugal teve origem renovável, colocando o país como o 4.º com maior incorporação de renováveis na Europa, apenas atrás da Noruega, Dinamarca e Áustria.
No mesmo período, o preço médio horário no Mercado Ibérico de Eletricidade (MIBEL) foi de 64,31 €/MWh e registaram-se 1.230 horas em que a produção renovável cobriu totalmente o consumo elétrico.
A nota de imprensa também avança que, entre janeiro e agosto, as renováveis geraram uma poupança de 5.417 milhões de euros no mercado grossista, graças à produção em regime especial (PRE), o que equivale a uma média de 158,9 €/MWh.
Em 2025, as renováveis evitaram mais de 650 milhões de euros em importações de gás natural, outros 650 milhões em eletricidade importada e 460 milhões em custos com licenças de emissão.
Para Pedro Amaral Jorge, CEO da APREN, “estes resultados confirmam que as renováveis são, não só uma opção respeitadora do ambiente, mas também uma alavanca estratégica para a competitividade e a segurança energética do país”.
E continua: “Portugal já demonstrou que é capaz de integrar grandes volumes de produção limpa, mas para dar o próximo passo precisamos de acelerar o reforço das redes, apostar em tecnologias de armazenamento e criar condições de mercado que permitam aos investidores confiar no futuro da transição energética”.
Em comunicado, a APREN defende ainda que é preciso criar políticas e condições de mercado que atraiam investimento, garantam a segurança do sistema elétrico e assegurem uma transição energética sustentável e competitiva.
