A mais recente edição do Barómetro Europeu do Observador Cetelem revela que a classificação dada pelos portugueses à situação geral do país melhorou pelo segundo ano consecutivo, tendo passado de 2,5 para 3,2 numa escala de 0 a 10. Contudo, entre os doze países analisados, Portugal continua a ser o país com a pior avaliação.
O estudo destaca ainda que a forma como os portugueses encaram a sua situação pessoal evoluiu de forma positiva, passando de uma nota de 4,1 para 4,6. O crescimento económico verificado na Europa também se refletiu na moral dos consumidores: com uma nota média de 4,3 (+0,3 do que em 2014), a perceção dos europeus em relação à situação geral do seu país melhorou pelo segundo ano consecutivo. Dez dos doze países analisados seguem esta tendência, com exceção da Bélgica e da Hungria.
“Contudo, a recuperação económica não implica uma melhoria imediata da situação socioeconómica de todos os europeus. A taxa de desemprego é um dos fatores que mais influencia a avaliação de cada país. A nota de avaliação geral do país continua inferior ou igual a 4/10 onde a taxa de desemprego é mais elevada, como é o caso de Portugal, Espanha e Itália. Já a Alemanha, o Reino Unido e a Bélgica continuam a sua progressão com uma nota final superior a 5”, revela o estudo.
No que diz respeito à avaliação da situação pessoal, os portugueses já não são os mais contidos (4,6), sendo a pior classificação pertencente aos húngaros (4,4). De uma forma geral, a avaliação da situação pessoal pelos consumidores europeus progride em todos os países do Observador Cetelem, exceto na Bélgica, que perde 0,3 pontos face a 2014, e na Roménia, que se mantém nos 5,1.
“A diferença nas notas atribuídas pelos consumidores em cada país demonstra que a retoma económica não é uniforme para todos e que as consequências da crise perduram. Ainda assim, a progressão do moral dos portugueses, depois de anos a registar valores muito baixos, é um sinal francamente positivo”, explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing do Cetelem.