A AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes divulgou esta quarta-feira o seu mais recente relatório relativo à atividade portuária em junho.
Segundo os dados anunciados por este organismo, o volume de carga movimentada nos portos nacionais sofreu um crescimento homólogo de 44,9%, sendo que se atingiram, neste período os 7,52 milhões de toneladas, acumulando, para o 1.º semestre de 2021 um total de 43,69 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 10,9% comparativamente ao período homólogo de 2020.
De acordo com o divulgado, em termos de distribuição de volumes por portos, Sines continua a liderar, no conjunto dos primeiros seis meses do ano, atingindo um volume 54,9%, superior em 5,7 pontos percentuais (pp) à que detinha no mesmo período em 2020.
“Leixões mantém a quota de 17,3%, que lhe confere a segunda posição, mas inferior em 5,7 pp à que detinha em 2020, sendo seguido sucessivamente por Lisboa, que aumenta 0,5 pp para 11%, Setúbal, que recua 0,3 pp para 7,8%, Aveiro, que reforça 0,5 pp para 6,5% (sendo também a mais elevada de sempre nos períodos homólogos), Figueira da Foz, que reduz 0,5 pp para 2%, Viana do Castelo e Faro, com quotas respetivas de 0,4% e de 0,1%”, explica-se em comunicado.
No que se refere ao segmento de contentores, de referir que foram movimentados no 1.º semestre de 2021 um total de 1,54 milhões de TEU, com um crescimento homólogo de 227,5 mil TEU (+17,4%), sendo explicado este desempenho, segundo a AMT, pelo resultado do comportamento positivo de todos os portos do continente, sendo de realçar o crescimento dos portos de Sines e de Lisboa, que observam crescimentos respetivos de 166,3 mil TEU (+22,5%) e de 45,5 mil TEU (+34,4%).
“Neste mercado Sines atingiu a quota maioritária absoluta de 58,9%. No segmento de transhipment, cujo volume de TEU representa 43,9% do total, Sines é responsável por cerca de 95% desse total. Nas operações relativas ao tráfego com o hinterland a liderança é detida por Leixões, cujo movimento representa 37,4% do total, seguido de Sines, com 30,6%, de Lisboa, com 20,2% e de Setúbal, com 10,6%”, refere ainda o comunicado enviado às redações.
“Os mercados que maior influência exerceram no comportamento global do ecossistema foram os dos Produtos Petrolíferos e da Carga Contentorizada de Sines, com variações respetivas de mais 1,28 milhões de toneladas (+45,6%) e de 954,2 milhares de toneladas (+18,7%), que representaram 65,8% do total das variações positivas. Na terceira e quarta posições, em termos de volume dos acréscimos verificados, surgem os mercados da Carga Contentorizada e de Outros Granéis Sólidos de Lisboa, que manifestam aumentos respetivos de 369,6 (43,8%) e de 179,2 (46,7%), milhares de toneladas”, esclarece-se para terminar.