Os portos do Continente movimentaram 14,7 milhões de toneladas de carga nos primeiros dois meses do ano. Este número acompanha a tendência negativa já verificada em janeiro de 2018, apresentando -1,28 milhões de toneladas face a igual período de 2017. Sines recupera a maioria absoluta perdida em janeiro, representando agora 50,1% do total.
Os dois primeiros meses de 2018 vieram confirmar a tendência negativa que se verificou em janeiro. No conjunto dos dois meses, os portos comerciais do Continente movimentaram 14,7 milhões de toneladas, menos 1,28 milhões de toneladas face a igual período de 2017. Esta diminuição do volume de carga reflete uma quebra de -8%, interrompendo um ciclo de variações positivas que se têm vindo a verificar desde 2012 e que atingiram o seu auge no ano de 2017, registando a melhor marca de sempre.
Este resultado é demonstrativo da conjugação de desempenhos distintos dos vários portos, em especial de Leixões e Aveiro, que registaram o volume de carga mais elevado de sempre nos períodos homólogos, após acréscimos respetivos de +5% e +21,6%. Figueira da Foz, Lisboa e Setúbal também registaram desempenhos positivos, após terem apresentado em janeiro-fevereiro de 2018 variações de +26,4%, +3,9% e +3,3%, respetivamente. Sines apresentou um decréscimo de -19,1%, correspondente a cerca de -1,7 milhões de toneladas, absorvendo, por completo, o somatório das variações positivas registadas.
Importa referir, antes de mais, que o período janeiro-fevereiro 2018 está a ser comparado com o seu homólogo de 2017, no qual Sines registou um notável pico de atividade. Assim, o comportamento deste porto reflete provavelmente um regresso à trajetória normal, a que reporta a um crescimento global de carga de +8,2% e +20,2% na Carga Contentorizada, quando comparado aos valores homólogos de 2016.
Sines, embora tenha perdido -6,9 pontos percentuais, mantém a maioria absoluta (que havia perdido em janeiro deste ano) com uma quota de 50,1%. Na redução do peso relativo do volume de carga movimentada, Sines é apenas acompanhado pelo porto de Faro, que cai ligeiramente para um valor simbólico inferior a 0,1%. Todos os outros portos reforçam as respetivas quotas, com destaque para Leixões, que sobe 2,6 pontos percentuais para 20,8%, e Lisboa e Aveiro, que ganham 1,5 pontos percentuais para 12,8% e 6,1%, respetivamente.